Canal Viva usa lógica da TV aberta para cortar e encurtar “Bebê a Bordo”
A notícia de que o Viva, pela primeira vez, está exibindo de forma editada, e não na íntegra, uma reprise de novela chocou os espectadores. Cortar "Bebê a Bordo", como está sendo feito, é visto pelos maiores fãs como uma espécie de traição. E eles não deixam de ter razão. No ar desde 2010, o canal se tornou uma referência para quem gosta de teledramaturgia.
O Viva, aparentemente, está fazendo cortes motivado por uma lógica que é de TV aberta – a trama de Carlos Lombardi estaria provocando fuga de espectadores.
Ora, como todo canal da TV por assinatura, o Viva, que é da Globosat, é mantido pelos assinantes. Uma parcela do que cada pessoa paga à sua operadora é transferido à dona do canal. Esse modelo não exclui a venda de publicidade, também. Mas nenhum canal pago é, como na TV aberta, dependente exclusivamente de anúncios comerciais.
Acho muito improvável que alguém decida cancelar o seu pacote porque não está gostando da exibição de "Bebê à Bordo". E também não parece lógico imaginar que uma perda de receita com publicidade por causa da reprise de uma novela afete tanto assim a Globosat.
O motivo real deve ser outro. O canal estaria se rendendo a queixas sobre o conteúdo "ousado" da novela de Lombardi – o texto abusado e debochado, repleto de insinuações de caráter sexual. Repito o argumento anterior: alguém vai cancelar o seu pacote de TV paga por isso?
É verdade que o mercado de TV por assinatura vive um momento ruim. O número de assinantes é o mais baixo desde outubro de 2013. Mas daí a querer encerrar de forma mais rápida a exibição de uma novela de 1988 me parece uma decisão muito equivocada.
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