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Diretora decidiu que eu seria o 'jurado mau' do Ídolos Kids, diz ex-Dominó

Mauricio Stycer

26/04/2018 02h01

Muita gente costuma ter a impressão de que os jurados de shows de talentos representam papéis previamente definidos. É comum haver um jurado mais severo, um outro mais engraçado e um mais maternal. Nesta quarta-feira (25), o músico Afonso Nigro confirmou que estes papéis são combinados mesmo.

O ex-integrante do grupo Dominó foi jurado das duas temporadas de "Ídolos Kids", exibido pela Record entre 2012 e 2013. O show de talentos infantil foi apresentado pelo ator Cassio Reis e contava no júri com Nigro, João Gordo e Kelly Key. O programa teve direção geral de Wanderley Villa Nova e direção artística de Fernanda Telles.

Em entrevista Fábio Porchat, o ex-Dominó falou da dificuldade que foi julgar os talentos musicais de crianças. "É barra pesada demais. Vou te falar: 80% das crianças, não cantam. O percentual de quem canta de verdade é muito menor". E revelou uma conversa com a diretora ainda durante a fase de gravação de pilotos:

Diretora: Se o João Gordo for o (jurado) mau, é o óbvio. Chega o João, tatuado, com aquele cavanhaque… Não! Você vai ser o mau!
Nigro: Eu? Por que eu?
Diretora: Você vai falar tecnicamente, se desafinou… João vai ser o bonzinho. E a Kelly Key é a mãezinha.
Nigro: Dancei. Vai sobrar tudo pra mim.

Troféu Sinceridade para Afonso Nigro. Veja abaixo as lembranças de Nigro sobre a dolorosa experiência como jurado do "Ídolos Kids" e a a técnica que usava para consolar as crianças que eliminava:


Em tempo
: Uma primeira versão deste texto informou incorretamente que Nigro participou do grupo Polegar. O erro foi corrigido.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.