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Após Emmy a novela turca, Band anuncia estreia de Amor Proibido em dezembro

Mauricio Stycer

22/11/2017 20h04


Sem exibir novelas desde setembro, quando estreou o reality "Exathlon", a Band prevê retomar o seu investimento em dramaturgia a partir de 18 de dezembro, com a exibição do primeiro capítulo de "Amor Proibido". Será a quinta novela turca que a emissora colocará no ar desde 2015.

Depois de registrar bons números de audiência com "Mil e uma Noites" (2015) e "Fatmagul" (2015-16), a emissora não foi tão feliz com "Sila" (2016) e "Ezel" (2016-17). A estreia de "Amor Proibido" chegou a ser anunciada como a substituta desta última, mas a Band mudou de ideia e preferiu colocar no ar uma reprise condensada de "Mil e uma Noites".

Nos últimos anos, a teledramaturgia turca passou a ser vista, em mercados internacionais, como uma boa concorrente da produção seriada latino-americana. O impulso que faltava foi dado esta semana, com a vitória no Emmy Internacional, em Nova York, da produção "Kara Sevda" (ainda sem título em português), superando as brasileiras "Velho Chico" e "Totalmente Demais".

"Esta produção que ganhou o Emmy é muito boa", diz Diego Guebel, diretor da Band, responsável por introduzir a teledramaturgia da Turquia no Brasil. "São novelas mais clássicas. Dramalhões modernizados", observa. "Elas estão ocupando um pedaço do mercado que sempre foi dos latino-americanos e brasileiros".

Todas estas novelas, na verdade são séries, exibidas ao longo de várias temporadas. "Mil e uma Noites", por exemplo, foi exibida originalmente ao longo de três anos, entre 2006 e 2009.

Outras novelas turcas virão depois de "Amor Proibido", garante Guebel, sem dizer os títulos que têm vista. Oficialmente, a emissora informou ao blog que não está negociando os direitos da novela vencedora do Emmy. Mas não teme a concorrência no Brasil. "Ninguém vai seguir a gente", acredita o diretor da Band.

A aposta da Band obedece a um misto de visão com oportunidade – é muito mais barato adaptar uma produção estrangeira pronta do que realizar uma novela original.

A opção de interromper a apresentação de novelas para exibir o reality "Exathlon" na mesma faixa horária compensou em matéria de audiência. A emissora tem registrado médias em torno de 3 pontos.


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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.