Única a fechar acordo com a Simba, Vivo ganhou assinantes após impasse
Quatro meses depois de instalado um impasse entre os canais que formam a Simba (Record, SBT e RedeTV!) e as principais operadoras de TV por assinatura do país, surge uma primeira luz no fim do túnel. A Vivo, terceira maior operadora na Grande São Paulo, chegou a um acordo de remuneração com a empresa que representa as emissoras de TV.
Como antecipado pelo colunista Flavio Ricco, o valor acertado ficou em torno de R$ 1 por cliente, a ser dividido pelas três emissoras. É muito menos do que os R$ 15 por assinante pedidos inicialmente. Mas é sinal que a ideia de buscar algum tipo de remuneração não é estapafúrdia.
Os canais que formam a Simba apostaram no confronto com as principais operadoras de TV paga na crença de que os assinantes ficariam do seu lado e pressionariam Net-Claro, Sky, Vivo e Oi na direção de um acordo. Não foi exatamente o que aconteceu.
Desde o início, a Vivo foi a única das quatro empresas que mostrou disposição para negociar. Por este motivo, a Simba autorizou que os sinais de Record, SBT e RedeTV! continuassem sendo oferecidos aos clientes da operadora antes mesmo que algum negócio fosse fechado. Nas demais, estão suspensos desde o dia 29 de março na Grande São Paulo e em Brasília.
Os dados do mercado de TV por assinatura na Grande São Paulo referentes aos meses de março, abril e maio apontam um dado curioso. Enquanto Net e Sky perderam assinantes, a Vivo ganhou (a Oi é irrelevante no mercado paulistano).
Em março, as três empresas do grupo Net na Grande São Paulo (inclui Claro e Embratel) somavam de 2.611.715 assinantes. Em abril, esse número caiu para 2.582.695 e ao final de maio chegou a 2.507.196 – uma perda total de 104.519 assinantes. Já a Sky contava 645.079 assinantes em março, caiu para 622.517 em abril e para 604.943 em maio – uma perda de 40.136 clientes.
A Vivo, por sua vez, contava com 542.126 assinantes em março, passou para 548.893 em abril e atingiu 552.451 em maio – um ganho de 10.325. Não é muito, mas vai na contracorrente da tendência do setor, que perdeu clientes no período.
Não é possível afirmar que estes números se explicam pelas diferentes posições que as empresas adotaram nas negociações com a Simba. Assim que os números dos próximos meses (junho e julho) estiverem disponíveis será possível verificar se esta tendência se mantém, ou não.
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