Topo

Vivendo o golpista Ubu no teatro, Nanini diz: os boçais estão em todo lugar

Mauricio Stycer

14/06/2017 05h01

Quem conhece Marco Nanini apenas da televisão talvez se surpreenda ao ver o ator na pele de Pai Ubu, o enlouquecido homem que depõe o rei da Polônia e, em meio a decisões autoritárias, busca enriquecer rapidamente. Junto com a companhia Atores de Laura, Nanini é responsável também pela montagem deste texto clássico, de Alfred Jarry, encenado desde 1896 e ainda atual.

Em entrevista ao UOL Vê TV, o ator diz que não pensa em ninguém especificamente ao dar vida a Ubu. Os boçais estão em todo lugar, afirma. Mas a plateia, no Sesc Pinheiros, em São Paulo, ri das muitas alusões à realidade brasileira.

Na conversa, Nanini também fala sobre o seu trabalho na televisão. Sobre o fim de "A Grande Família", depois de 14 temporadas, Nanini observa, com sabedoria: "Não tenho saudades porque curti tudo que era possível com o Lineu".

Conta da alegria de ter feito o professor Pancrácio em "Êta Mundo Bom", diz sonhar em fazer um vilão na TV e revela alguns detalhes sobre o seu próximo papel na novela das 19h30, "Deus Salve o Rei", de Daniel Adjafre, que deve estrear em janeiro de 2018.

Nanini também se lembra, ao longo da entrevista, da aventura que era fazer novelas nos anos 70, como "O Primeiro Amor" (1972) e "O Todo Poderoso" (1979), esta última na Band. Com bom humor, se recorda da emoção de descobrir, depois de muitos capítulos, que era o diabo da história (veja abaixo).

Nanini: "Não tenho saudades porque curti tudo que era possível com o Lineu"

Siga o blog no Facebook e no Twitter.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.