Record afirma que STF privilegiou a Globo ao divulgar vídeos de delação

Os vídeos da delação de João Santana e Mônica Moura, divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Supremo Tribunal Federal, causaram um constrangimento no meio jornalístico. A Record reclamou que o STF privilegiou a Globo na divulgação das gravações.

Segundo o Drive, noticiário do site Poder 360 enviado exclusivamente a assinantes, João Beltrão, diretor de jornalismo da Record, em Brasília, disse que a GloboNews exibiu as gravações no momento em que os demais veículos recebiam o material.

"Nossa produção passou toda manhã desta sexta-feira tentando alguma informação oficial sobre os vídeos que a assessoria divulgou próximo do meio-dia. Em poucos minutos a competente equipe deste veiculo já havia convertido os vídeos, decupado todo o material e estava pronta para exibir ao público", reclamou Beltrão. "É inadmissível que a assessoria de um órgão público da importância do STF defenda interesses não públicos e privilegie quem quer que seja", acrescentou.

O blog teve conhecimento que o diretor de jornalismo da Band, em Brasília, Sérgio Amaral, também protestou: "Quem, como eu, confiou no combinado, que iria ser avisado do horário de entrega dos HDs, se lascou (não seria adequado e minha educação não permite usar aqui a expressão correta, que não é exatamente 'se lascou')."

Mariangela Hamu, secretária de comunicação social do STF, nega que tenha ocorrido qualquer privilégio. "Os vídeos foram divulgados ao mesmo tempo para todo mundo", disse ao blog. Também procurada, a Globo não quis comentar o caso, mas assegurou que não foi privilegiada.

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