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Faro: "Seria arrogância dizer que o Faustão está mudando por minha causa"

Mauricio Stycer

01/04/2016 06h09

Há nove meses na vice-liderança nas tardes de domingo, Rodrigo Faro deixou Eliana para trás e agora só vê Faustão à sua frente. Quer dizer, nem sempre. No último domingo (27), por exemplo, o programa da Record ficou à frente da atração da Globo ao longo de todo o tempo (90 minutos) em que disputaram audiência.

Alguns dias antes deste ótimo resultado, estive na Record para uma entrevista com Faro. Questionei o apresentador a respeito de suas vitórias sobre a apresentadora do SBT e a concorrência com Faustão. Ele observou que o programa da Globo tem passado por mudanças, mas ressalvou: "Seria arrogância dizer que o Faustão está mudando por minha causa".

Falando sobre os elogios que têm recebido pelos bons números de audiência, observou: "Se o artista acreditar em tudo que as pessoas falam, ele pode virar um idiota".

A entrevista, realizada dentro do camarim do apresentador, foi bem interessante. Faro falou das mudanças que fez no programa ao trocar o sábado pelo domingo: "Excesso de beijo na boca não funciona no domingo", contou. Ao mesmo tempo, começa a retornar com quadros que havia deixado para trás, como o "Dança Gatinho".

Completando dois anos aos domingos, Faro falou também sobre o excesso de histórias tristes, de "superação", no programa. "Falaram pra mim: tem que fazer emoção no programa". Porém, observou: "Só tristeza não é a minha cara. Não dá pra você ficar quatro horas chorando". Também explicou como vê o "assistencialismo" na TV, falou sobre Silvio Santos e, ao fim, me serviu um tostex com café:

Veja abaixo trechos da entrevista e a visita ao camarim de Faro:

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.