Frouxa, trama policial de A Regra do Jogo esquece 6 mortos e terá mais um
Spoilers divulgados nesta segunda-feira (07) dão conta de que nos próximos capítulos de "A Regra do Jogo" Orlando (Du Moscovis) vai matar um capanga da facção, acusado de traição. É um personagem sem nome, o Ruivo (vivido por Germano Pereira), que fingiu ser marido de Lara (Carolina Dieckmann) para enganar Dante (Marco Pigossi).
Em menos de 90 capítulos, será o sétimo assassinato na novela. O número não é alto em uma trama policial como "A Regra do Jogo". O problema é que os outros seis crimes foram totalmente esquecidos. Nenhum personagem se lembra deles – nem a polícia, nem a tal facção, nem os parentes dos mortos.
Os primeiros a morrer, em uma trama armada por Romero, foram o criminoso Dênis (Amauri Oliveira), que resolveu entregar segredos da facção, e o jornalista Dário (Alcemar Vieira), amigo do ex-vereador. Depois foi a mãe de Romero, Djanira (Cassia Kis), assassinada em meio a um tiroteio no Morro da Macaca, sem que os espectadores saibam, até agora, quem atirou.
Quem morreu em seguida, a mando da facção, foi Sueli (Paula Burlamaqui), amiga de Atena (Giovanna Antonelli). Outro integrante da facção, Paturi (Glicério do Rosário) também foi morto sob a acusação de entregar segredos da organização. E, por fim, o delegado Faustini (Ricardo Pereira) perdeu a vida por descobrir alguns segredos do grupo de criminosos.
Pelo menos dois destes crimes, o do jornalista e o do delegado, não seriam esquecidos da forma como ocorreu em "A Regra do Jogo". Em ambas as situações, haveria enorme pressão da imprensa e da corporação policial para a investigação dos casos.
Toda a situação que levou Faustini à morte mostra bem como a trama policial de "A Regra do Jogo" é frouxa, mal desenvolvida e frustrante para quem é fã do gênero.
Com Dante, o policial mais ingênuo da polícia brasileira, fora de combate, o delegado resolveu investigar a facção por conta própria, sem tomar nenhuma precaução. Ele deu ouvidos a Juliano (Cauã Reymond) e conseguiu prender o Tio (Jackson Antunes).
Descobriu segredos, coletou documentos e resolveu confrontar outros criminosos com a cara e a coragem. Seu único confidente, o policial Guerra (Maksin Oliveira), revelou-se um infiltrado da organização criminosa. Assim, esbanjando ingenuidade, Faustini acabou enredado pelo grupo e foi assassinado.
Em defesa do autor, João Emanuel Carneiro, pode-se argumentar que o amadorismo de Faustini é uma crítica à ineficiência da polícia brasileira. Pode ser. Mas hoje em dia, tendo à disposição tantas séries policiais de qualidade na TV, é difícil para o espectador engolir uma trama tão mal costurada. "Vitória na guerra".
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