Ame ou odeie Galvão Bueno, não deixe de falar dele
Como já se tornou rotina, Galvão Bueno pode se orgulhar de ser uma das figuras mais comentadas pelos brasileiros em uma Copa do Mundo. Desta vez, além de se destacar como narrador, ele também está atuando como um dos âncoras do "Jornal Nacional".
Sua performance não provocou uma onda de rejeição, como em 2010, quando o "cala boca Galvão" foi parar no "The New York Times". Mas os seus exageros, as suas caras e bocas, as suas tiradas e as gafes fazem a alegria dos fãs, tanto os que o amam quanto os que o odeiam. Reproduzo abaixo meu comentário sobre a narração que fez de Brasil e Camarões na tarde de segunda-feira. Um dos temas do texto, a reclamação que ele fez do tira-teima da Fifa, mostrou-se posteriormente acertada:
Galvão reclama de crítica de Ronaldo à seleção e corneta tira-teima FifaNinguém deve esperar sobriedade de Galvão Bueno. Ainda mais em Copa do Mundo. Mas o narrador da Globo está exagerando mais do que de costume. Nesta tarde, descrevendo Brasil e Camarões, ele vestiu a fantasia de Pacheco antes de a partida começar e não tirou mais, até o fim.
Um dos momentos mais constrangedores do seu entusiasmo exagerado em defesa do Brasil ocorreu no intervalo. Ronaldo e Casagrande, como todos os espectadores, não estavam satisfeitos com o desempenho da seleção, mesmo vencendo por 2 a 1 no primeiro tempo. "Cadê o sorriso?", cobrou o narrador.
"Você não está exigente demais?", criticou Galvão. O ex-jogador, então, se sentiu obrigado a justificar: "A gente quer espetáculo." Casagrande, da mesma forma, teve que se explicar. Parafraseando os Titãs, disse: "A gente não quer só ganhar. A gente quer espetáculo e arte".
Outro momento de patriotismo exagerado ocorreu depois do terceiro gol, de Fred. O tira-teima da Fifa mostrou que o atacante brasileiro estava em posição de impedimento. Galvão não se conformou: "A própria Fifa já admitiu que não funciona", "cornetou" o narrador.
Não satisfeito, minutos depois, informou que o tira-teima da Globo iria mostrar que Fred estava em posição legal. "Não podemos mostrar durante a transmissão por questões contratuais".
Como de costume, Galvão também deu mostra de seus poderes de vidente. "Quem entende de leitura labial pode me ajudar e dizer o que o Felipão falou pro Neymar?", perguntou, antes de emendar: "Deve ter falado pro time jogar pra frente".
A execução do hino nacional pelo público do estádio Mané Garrincha deixou o locutor enlouquecido, apesar de ter se tornado rotineiro: "A cada vez que acontece emociona mais", disse.
Como se fosse necessário, Galvão pediu ao repórter Tino Marcos para avisar Felipão, quando a partida estava 3 a 1, que o técnico deveria ficar atento com o placar de México e Croácia, para garantir o primeiro lugar no grupo. Só rindo, Pacheco.
Este texto foi publicado originalmente no blog UOL Esporte Vê TV.
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