Record agora diz que cortes em “Spartacus” não foram feitos pela emissora
Exibida nos EUA entre 2010 e 2013, a série "Spartacus" ficou marcada pela sem-cerimônia com que mostrou cenas sensuais e de violência ao longo da história. Também será muito lembrada pela morte do ator Andy Whitfield, que interpretava o protagonista, e foi substituído por Liam McIntyre a partir da segunda temporada.
No Brasil, o programa será lembrado por uma terceira razão. Partes das cenas de sexo e violência da série foram cortadas na versão que a Record começou a apresentar nas noites de domingo, depois das 23h15. "A impressão que tive é que estava assistindo a uma edição especial que poderia passar na 'Sessão da Tarde", escreveu o leitor Andre Vallado. "Para que passar uma série desta forma?", pergunta.
Fiz a mesma pergunta à Record, que respondeu: "A edição das cenas ocorreu por uma questão de adaptação ao público da TV aberta. Em relação aos minutos cortados, é difícil saber quantos deixaram de ser exibidos."
Três horas depois de passar esta informação, a assessoria da Record enviou um segundo e-mail ao blog com uma nova versão dos cortes em "Spartacus": "A emissora esclarece que foi exibida a versão oferecida pela distribuidora para a televisão aberta." A distribuidora confirma, informando que a série teria duas versões, uma delas, a adquirida pela Record, mais "light".
Questionada se a versão de "Breaking Bad", que começará a exibir no próximo dia 14, também às 23h15, será integral ou com cortes, a emissora não respondeu. O premiado programa contém muitas cenas de violência.
Cortes deste tipo sempre ocorreram, mas o acesso, cada vez maior, do público da TV aberta a outros meios, como TV paga e download pirata, torna este tipo de edição em programas estrangeiros mais constrangedor.
Atualizado às 14h45 e às 19h45.
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