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Talk show de Danilo Gentili podia se chamar “Agora É Muito Tarde”

Mauricio Stycer

17/08/2012 12h22

Programado para meia-noite, o talk show de Danilo Gentili na Band tem começado cada vez mais tarde. Nesta quinta-feira, por conta da participação de Luciana Gimenez, o atraso do programa chegou a incomodar o próprio apresentador.

Por volta de 0h30, Gentili fez um comentário no Twitter, rindo do responsável pela programação da emissora, mas pouco depois o apagou. O "Agora É Tarde" começou à 0h40. Já dá para chamá-lo de "Agora É Muito Tarde".

Usando um microvestido, que tirou a atenção não apenas do entrevistador como do público, Luciana entrou no palco ao som de "Start Me Up", dos Rolling Stones. Muito à vontade, encarou todos os temas e provocações de Gentili, inclusive uma referência ao pai de seu filho Lucas, Mick Jagger. "Ele acha o pai meio famoso", contou.

Depois de lembrar que Luciana apresenta o "SuperPop!" desde 2001, Gentili perguntou: "Como é aguentar o Bolsonaro desde 2001?". Nesta ironia ao sem-número de participações do deputado no programa, o  apresentador poderia ter lembrado que o "CQC" também adora entrevistar Bolsonaro.

Num dos momentos mais engraçados, Luciana contou que sofreu muito na adolescência, porque as amigas de colégio a chamavam de saracura – uma ave de pescoço comprido e pernas longas. "Chorava muito", disse.

A apresentadora da RedeTV! falou com desembaraço de seu caso com o cantor Rod Stewart. "Pegou ou não pegou?", perguntou Gentili. "Peguei", respondeu, objetiva. E negou outros, com Van Damme e Mike Tyson.

Luciana contou que quase não assiste televisão, mas gosta de seriados e programas do canal Discovery. Meio sem assunto, Gentili perguntou se é verdade, como leu, que ela e o marido, Marcelo de Carvalho, vice-presidente da RedeTV!, dormem em quartos separados. Luciana confirmou.

Ao final da entrevista, a apresentadora deixou claro o "preço" por sua participação no "Agora É Tarde": "Vou tirar seu couro lá no 'SuperPop!'", disse, anunciando que Gentili irá ao seu programa.

Luciana participou, ainda, do segundo bloco do talk show, saindo-se muito bem no papel de mediadora das piadas de Gentili, Murilo Couto e Leo Lins na "Mesa vermelha".

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.