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Separadas no nascimento: Juanita Solis, de “Desperate Housewives”, e Ágata, de “Avenida Brasil”

Mauricio Stycer

25/04/2012 06h01

 

 

 

 

 

Juanita Solis (Madison De La Garza) apareceu no último episódio da quarta temporada, quando "Desperate Housewives" deu um salto no tempo. Ela é filha de Gabrielle (Eva Longoria), uma das protagonistas da série, e de Carlos (Ricardo Antonio Chavira).

Em diferentes situações na quinta temporada, exibida em 2008, Juanita envergonha a mãe por conta de seu peso e hábitos alimentares, além de sofrer porque não é bonita como ela. Por outro lado, a jovem gordinha encontra refúgio no pai, que a adora.

Como notou o leitor @jspencerbr, as semelhanças entre Juanita e Ágata (Ana Karolina Lannes), a filha de Carminha (Adriana Esteves) e Tufão (Murilo Benício) em "Avenida Brasil", são, de fato, enormes. Como no seriado americano, a jovem causa vergonha à insensível mãe e é protegida pelo carinhoso pai.

Carminha já protagonizou diversas cenas que caracterizam "bullying" com a filha. Num dos primeiros capítulos disse: "Filha, você já não é bonita. Ainda bota um vestido horroroso desses. Você tá querendo o quê? Se acabar de vez? Me envergonhar? Você tá parecendo uma bisnaga de padaria dentro de um saco de papel".

No seriado americano, revelou-se na sétima temporada que Juanita foi trocada no berço com outra criança e não era filha de Gabrielle. Será que este é o destino reservado a Ágata?

Curiosamente, no final de 2009, em entrevista a Laura Mattos, na "Folha", falando sobre a influência dos seriados americanos nas novelas brasileiras, João Emanuel Carneiro, autor de "Avenida Brasil", mostrou conhecer bem "Desperate Housewives": "É claro que a agilidade da narrativa dos seriados é uma influência na dramaturgia audiovisual em geral. Assim como o contrário. Há seriados americanos, como 'Desperate Housewives', que parecem influenciados pelas novelas latinas".

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.