“CQC” volta a apelar a Jair Bolsonaro, mas corta declaração polêmica sobre Herzog
Dos 81 senadores e 513 deputados que formam o atual Congresso brasileiro, poucos têm merecido tanto espaço e destaque no "CQC" quanto Jair Bolsonaro. Famoso por suas notórias posições conservadoras, com traços de homofobia e de nostalgia explícita da ditadura militar, o deputado é garantia de polêmica, logo, de audiência.
Em 2011, Bolsonaro deu duas entrevistas ao semanal da Band. Na falta de uma atração melhor para alavancar o Ibope da atração, voltou ao ar no terceiro programa de 2012. Desta vez, participou do quadro "Sem Saída", no qual o entrevistado se submete a ser monitorado por um polígrafo (o chamado "teste da verdade") enquanto fala.
Em uma das respostas, o deputado fez menção ao jornalista Vladimir Herzog, cuja morte dentro de uma prisão da ditadura, em 1975, foi encenada de forma a parecer um suicídio. Este blogueiro teve informações de que o comentário de Bolsonaro sobre o caso, no entanto, não foi ao ar. Ainda que tenha a intenção de produzir polêmica custe o que custar, o programa avaliou que a declaração do deputado ultrapassou os limites.
O "ilustre e polêmico" Bolsonaro, nas palavras do apresentador Marcelo Tas, foi questionado sobre depilação, ditadura de 64, Hitler, Dilma, corrupção, FHC, racismo, homossexuais etc. Entre outras questões relevantes, Rafael Cortez perguntou: "Você já teve sonho erótico com macho?"
"Querendo ou não, Tas, você tem um pouco de mim dentro de você", disse Bolsonaro ao lembrar que o apresentador do "CQC" cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, da FAB.
Foi a deixa para Tas criticar o deputado: "Não é por isso que tenho alguma coisa a ver com você. O tipo de militar que convivi na época e convivo até hoje não bate em mulher, não é gente que tem vergonha de ter vizinho gay, não é gente que fala que na ditadura a gente tinha liberdade. Eu convivo com outro tipo de militar, que não é tão bobinho como você".
Incrível a paixão do "CQC" por este "bobinho". Em 2011, na primeira das duas entrevistas que deu ao programa, Bolsonaro foi questionado pela cantora Preta Gil sobre qual seria a sua reação se um filho seu namorasse uma mulher negra. "Ô Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como, lamentavelmente, é o teu", respondeu.
Em qual quadro do "CQC" Bolsonaro ainda não apareceu? Vamos aguardar…
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