BBB: uma questão de método e um convite a Boninho

Muita gente me questionou nestes últimos 80 dias sobre as reações do diretor Boninho aos textos que produzi para o UOL e no blog sobre o BBB11. Não me sinto muito à vontade em escrever na primeira pessoa, mas vou tentar esclarecer, agora que o programa terminou, como vejo esta "polêmica".
Em primeiro lugar, o leitor precisa saber que comecei a escrever profissionalmente sobre o BBB na nona edição. Conhecia o programa, sabia o que havia ocorrido em várias edições, mas nunca tinha assistido diariamente, do início ao fim.
Além do prazer de espiar (o chamado "voyeurismo"), creio que a chave do sucesso de um programa como o BBB está na possibilidade que oferece ao público de julgar – o comportamento, o caráter, a aparência física, a moral e a ética – dos participantes. Como não tenho talento para julgar o próximo, e há vários profissionais que fazem isso muito melhor que eu, resolvi olhar em outra direção.
 Minha prioridade direcionou-se, desde o início, para a análise do trabalho de três participantes: Boninho, Pedro Bial e o responsável pela edição, que apelidei de Mr. Edição. Eles são os personagens fundamentais, ao formatar, orientar e, em última instância, influenciar o nosso olhar.
Minha prioridade direcionou-se, desde o início, para a análise do trabalho de três participantes: Boninho, Pedro Bial e o responsável pela edição, que apelidei de Mr. Edição. Eles são os personagens fundamentais, ao formatar, orientar e, em última instância, influenciar o nosso olhar.
 Na nona edição, ocorreu um fato curioso. Encantado por uma candidata desde o primeiro dia ("Aquele espetáculo chamado Priscila"), o apresentador a apelidou de "Princesa", o que foi motivo de alguma ironia da minha parte. Um belo dia, ao vivo, ele reclamou de mim com ela:
Na nona edição, ocorreu um fato curioso. Encantado por uma candidata desde o primeiro dia ("Aquele espetáculo chamado Priscila"), o apresentador a apelidou de "Princesa", o que foi motivo de alguma ironia da minha parte. Um belo dia, ao vivo, ele reclamou de mim com ela:
"Tem um brother meu que não gosta que eu chame a Priscila de Princesa. Um brother meu que escreve críticas sobre o programa", disse ele. "Por quê?", perguntou ela. E Bial: "Deve ser ciúme".
Neste momento, para minha surpresa, me dei conta que Bial, Boninho e Mr. Edição levavam a sério os textos que escrevo sobre o programa. Ao longo destes três anos, eles deram inúmeros outros sinais, seja incluindo na edição cenas só vistas no "pay per view", mas comentadas por mim, seja enviando e-mails, recados e mensagens no Twitter.
 No BBB10, por exemplo, Mr. Edição só mostrou Fernanda (foto) dizendo que Uiliam "nem é tão negro" dias depois de um texto meu a respeito, no UOL. Igualmente, a famosa cena em que Dourado diz que, se Angélica não fosse mulher, teria quebrado o dedo dela, só apareceu no programa vários dias depois de ocorrida, após merecer comentários no meu blog.
No BBB10, por exemplo, Mr. Edição só mostrou Fernanda (foto) dizendo que Uiliam "nem é tão negro" dias depois de um texto meu a respeito, no UOL. Igualmente, a famosa cena em que Dourado diz que, se Angélica não fosse mulher, teria quebrado o dedo dela, só apareceu no programa vários dias depois de ocorrida, após merecer comentários no meu blog.
Boninho começou a se manifestar abertamente na décima edição. A princípio, respondeu educadamente e com humor a vários questionamentos meus. Com o tempo, porém, foi ficando irritado, a ponto de me bloquear no Twitter e fazer o mesmo com leitores que o questionavam sobre meus textos.
 Não sou a pessoa certa para fazer esse julgamento, mas relendo os textos que escrevi nestes três anos, creio que eles são coerentes. Com uma ou outra exceção, um ou outro texto dedicado a falar de algum candidato, sigo procurando entender como Boninho, Bial e Mr. Edição transformaram o BBB num dos programas mais vistos e polêmicos da televisão brasileira.
Não sou a pessoa certa para fazer esse julgamento, mas relendo os textos que escrevi nestes três anos, creio que eles são coerentes. Com uma ou outra exceção, um ou outro texto dedicado a falar de algum candidato, sigo procurando entender como Boninho, Bial e Mr. Edição transformaram o BBB num dos programas mais vistos e polêmicos da televisão brasileira.
Tiro o chapéu para os três e, de fato, acredite se quiser, não me incomodo nem um pouco com as bobagens que Boninho escreve a meu respeito no Twitter. Ele até hoje não foi capaz de formular uma única réplica a algo que escrevi.
Aliás, teria grande prazer em ouvi-lo a respeito, seja numa entrevista ao vivo, na TV UOL, seja numa entrevista gravada. Encerrada a décima-primeira edição, fica aqui, mais uma vez, o convite para o diretor expor argumentos mais consistentes do que ficar dizendo que sou "iniciante" em matéria de BBB ou que escrevo sob efeito de maconha.
Em tempo: Meus textos sobre o BBB11, encerrado com a vitória de Maria (na foto no alto, com Daniel e Wesley), podem ser lidos aqui.
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