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Criticados por atletas, jogos noturnos elevaram audiência da TV em 22%

Mauricio Stycer

24/08/2016 10h52

brunoalisonuol

"Vôlei de praia combina com sol", protestou Bruno Schmidt depois de receber a medalha de ouro, já na madrugada da última sexta-feira (19). O atleta não foi o único a reclamar. Por interesse da Globo, que manteve todas as suas novelas na grade, as disputas do voleibol masculino e feminino também ocorreram em horário tardio, gerando reclamações de atletas.

Os dados de audiência, porém, mostram que a "Olimpíada da madrugada" agradou parte do público. Segundo o instituto GFK, na comparação com o período anterior aos Jogos (15 de julho a 2 de agosto), houve um crescimento de 22% na faixa de 0h às 6h da manhã no volume total de pessoas assistindo. Nos 15 centros urbanos medidos pela empresa, isso significa que 14,3 milhões de pessoas diferentes estavam ligadas nas transmissões depois de meia-noite.

Já na faixa da manhã (6h às 12h), o alcance subiu 10%, correspondendo a um total de 19,2 milhões de pessoas diferentes. Os períodos da tarde (12h às 18h) e da noite (18h à 00h) também alcançaram mais pessoas durante as Olimpíadas, com crescimento de cerca de 5%. O horário noturno foi o que mais obteve alcance entre o público – 32,7 milhões de pessoas diferentes. Os conteúdos transmitidos à tarde foram vistos por 26,6 milhões de indivíduos diferentes.

A análise da GfK considerou todas as emissoras abertas e pagas que transmitiram as disputas Olímpicas ao vivo e reprise nas 15 praças mensuradas pelo instituto.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.