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Band tira o mofo do Miss Brasil, mas ainda pode melhorar muito

Mauricio Stycer

19/11/2015 01h40

missbrasil2015
Formato velho, cafona e, aparentemente, imutável, o concurso Miss Brasil foi submetido, finalmente, a uma boa recauchutagem em 2015 – e o resultado foi muito bom.

Velhas tradições, como o desfile com trajes típicos e a escolha da Miss Simpatia, foram abandonadas. A duração do programa foi encurtada. Os números musicais, de Julio Iglesias para baixo, foram deixados de lado.

A Band merece os cumprimentos por ter tirado o mofo do Miss Brasil. O concurso exibido na noite de quarta-feira (18) foi mais dinâmico e ágil, contou com um júri formado exclusivamente por profissionais do mundo da moda e uma apresentadora (Mariana Weickert) com aparência moderna e jeito para a coisa. A mensagem que ficou é que mesmo as mais tradicionais instituições podem ser renovadas.

Mas ainda dá para melhorar bastante. Pouco à vontade no papel de apresentador, o ator Cássio Reis não funcionou. O perfil físico das candidatas (magras demais) e o formato de suas entradas no palco, em alguns momentos, lembrou mais desfile de modelos do que concurso de Miss.

Ações comerciais em excesso, intercaladas com cada fase da disputa, devem ter sido muito festejadas pela Band, mas cansaram o espectador. A exibição do programa em um dia da semana, e não sábado, também não foi a melhor escolha.

Em todo caso, foi o melhor Miss Brasil dos últimos anos. Mesmo o resultado, a vitória da Miss Rio Grande do Sul, Marthina Brandt, não provocou maiores discussões.

Veja as cinco finalistas:

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.