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Moradores de Paraisópolis: Novela dá visibilidade, mas não expõe realidade

Mauricio Stycer

05/07/2015 05h01

O vídeo acima, realizado pela repórter Amanda Serra, confirma uma impressão que tenho sobre "I Love Paraisópolis" – a de que a novela chama a atenção para os problemas da favela, mas está muito longe, como obra de ficção, de retratar a realidade dos moradores do local. "Era bom se retratasse mais o dia a dia da comunidade. Só estão usando o nome daqui", reclama um dos entrevistados. Outros elogiam: "A novela está abrindo uma porta". Ou: "A novela está dando visibilidade a coisas boas daqui".

É uma discussão interessante. Há três semanas, publiquei na "Folha" um texto exatamente sobre esta questão. Chama-se Realidade paralela.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.