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Segunda paródia do “MasterChef” expõe a falta de ideias do “Pânico”

Mauricio Stycer

22/06/2015 11h23

PanicoMasterChef
A certa altura da estreia de uma paródia do "MasterChef" no "Pânico", Bolinha, na pele de Henrique Foagraça, perguntou a um dos participantes: "Por que você só fala coisas óbvias?". A questão diz muito também sobre os problemas do humorístico da Band.

Principal atração deste domingo (21), o quadro foi gravado dentro do estúdio onde é feito o próprio "MasterChef", aproveitando não apenas o cenário como os recursos gráficos do programa de maior sucesso atualmente na emissora.

panicomasterchefanapaulaAlém de Bolinha (Foagraça), integram a equipe Carioca (Erick Jacão), Diego Becker (Paolha Cassarolha) e Aricia Silva (Ana Paula Padrão Fifa). Na estreia, os candidatos Sidney Sertanejo (Carlinhos) e Maconheiro (Eduardo Sterblitch) exibiram seus talentos fazendo um estrogonofe de pipoca e um brigadeiro de brownie.

Como tantas outras paródias já feitas pelo "Pânico", a do "MasterChef" se destaca qualidade das imitações dos humoristas e pela pobreza do texto. É uma opção do programa – produzir graça pela palhaçada, pela piada grosseira, pelo duplo sentido mais óbvio.

Também chama a atenção nesta estreia do "Pânico´s Chef" o fato de o programa já contar, desde março, com uma outra paródia do "Master Chef", o "Master Jegue", protagonizada por Tiririca.

É uma situação bem estranha, como se o palhaço tivesse um programa próprio dentro do "Pânico", independente, sem relação com os colegas. A duplicidade, enfim, reforça a impressão de que o humorístico da Band vive um momento difícil, sem ideias originais para mostrar.

Em tempo: O "Pânico" registrou média de 5,6 pontos no Ibope neste domingo. Foi, de longe, a melhor audiência da Band no dia. O segundo melhor resultado foi alcançado com a transmissão de Brasil x Austrália pelo Mundial de futebol feminino, que marcou 2,9 pontos. Cada ponto equivale a 67 mil domicílios na Grande São Paulo.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.