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Pegadinha com zumbis foi legal, mas ano parece que ainda não começou no SBT

Mauricio Stycer

30/03/2015 11h25

SBTpegadinhasumbis

Março está chegando ao fim, mas o ano de 2015 parece ainda não ter começado no SBT. Diferentemente de seus concorrentes principais, Globo e Record, a emissora de Silvio Santos mostrou muito pouca coisa nova até agora.

Nesta segunda-feira (30), por exemplo, o SBT reestreia "A Usurpadora". Trata-se da sexta vez  que esta novela mexicana vai ser vista na tela da emissora – um recorde em matéria de falta de imaginação e preguiça de quem cuida da programação.

No domingo, pela primeira vez em 2015, o SBT mostrou um "Programa Silvio Santos" registrado este ano mesmo – até então, todos haviam sido gravados em 2014, antes das férias do patrão.

Silvio Santos retornou ao batente com disposição, como foi possível ver na televisão. Antes de apresentar um número musical com dançarinas, avisou: "Quero ver se as meninas do Faustão fazem isso que vocês vão fazer". Encerrada a apresentação, observou com a sinceridade habitual: "Foi horrível".

Mas a grande atração do programa foi a exibição de uma "superprodução", promovida como "a primeira pegadinha de terror realizada em um vagão de metrô no mundo". Com 70 figurantes fantasiados como zumbis, gravada no metrô de Fortaleza, a ação teve o mérito de se assumir como entretenimento puro, sem qualquer preocupação de parecer real – um filme de terror, praticamente.

Ainda que digna de elogios, espera-se mais do SBT do que a pegadinha "Zumbis no Metrô".

Em tempo: Enquanto foi exibida, a pegadinha deixou o SBT em segundo lugar no Ibope, com 9,4 pontos.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.