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Em uma noite, humorista repete piadas em três programas seguidos do SBT

Mauricio Stycer

28/09/2014 05h01

mateusceararatinhomateuscearapracamateuscearathenoiteDeve ser um recorde mundial. O humorista Matheus Ceará deu entrevistas e contou as mesmas piadas em três programas seguidos do SBT na última quinta-feira (25). O objetivo principal, mencionado nas três atrações, era divulgar a inauguração de sua casa de shows de humor, em Campinas

A primeira aparição foi no "Programa do Ratinho". Convidado do quadro "Dois Dedos de Prosa", ele conversou por 24 minutos com o apresentador. Imitou Tim Maia, Alcione, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Cid Moreira, Luiz Gonzaga e Marilia Gabriela. Também divulgou a sua agenda de shows e o DVD, que está lançando.

Encerrado o Ratinho, Matheus logo reapareceu em "A Praça é Nossa". Há três anos, ele participa do programa, com este seu personagem. Sentado no banco da praça, ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega, lembrou da inauguração do seu clube de humor e contou várias piadas sobre cearenses. A participação foi a mais curta da noite – apenas sete minutos.

Mal terminou o humorístico, Matheus já estava de volta, desta vez como convidado do "The Noite". Entrevistado por Danilo Gentili por 21 minutos, voltou a promover a sua casa de shows e o DVD, contou piadas sobre velórios pela terceira vez e imitou Marilia Gabriela mais uma vez.

Gentili até que tentou conseguir alguma coisa original de Matheus e foi bem-sucedido, quando o humorista contou sobre o teste que fez para participar do programa "Zorra Total", da Globo. Não foi aprovado. "Falaram que eu não tenho perfil. Sou engraçado"

Não é incomum artistas de uma emissora participarem de outros programas "da casa" para divulgarem os seus trabalhos. Na Globo isso ocorre frequentemente, assim como na Record. Mas a overdose de Matheus Ceará, como bem observou o leitor Kadetti, mostra a falta de organização do SBT – além de ser um desrespeito com aquele telespectador mais fiel, que só assiste aos programas da emissora.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.