Protesto contra “Sexo e as Negas” lembra sátira de “Tá no Ar”
Está produzindo relativo barulho uma campanha intitulada "Boicote Nacional ao programa 'Sexo e as negas' da Rede Globo". Com cerca de 20 mil "curtidas" no Facebook, o movimento propõe "criar uma mobilização nacional contra o programa" e "refletir sobre a representação da mulher negra na tv".
Espanta ver que uma proposta tão drástica possa se basear em dois elementos precários – o título da série e a chamada de um minuto que a emissora tem veiculado para promover a estreia na próxima terça-feira (16).
Ou seja, trata-se de uma campanha contra um programa que ainda não foi ar. Como é possível, com base apenas nestes dois elementos (o título e a chamada), chegar a um diagnóstico tão duro?
O movimento feminista e a militância em defesa da igualdade racial têm motivos de sobra para questionar a Globo com base em programas e atitudes da emissora ao longo da história. Compreendo. Da mesma forma, apoio integralmente a luta contra o racismo, bem como o combate aos preconceitos com base em sexo.
Mas boicotar um programa ainda não exibido? Não compreendo. O título da série foi uma má escolha? Talvez. Mas não é necessário ver primeiro o programa para ter certeza disso?
Não vou nem discutir as justificativas de Miguel Falabella para a escolha do título ou a sua visão sobre como a série que criou cumprirá um papel exatamente oposto ao que o movimento que pede o seu boicote entende. Não vou fazer isso porque, realmente, tenho dificuldades em aceitar que esta discussão esteja ocorrendo ANTES que o programa seja visto.
A campanha parece levar a sério a sátira que Marcelo Adnet fez dos críticos da Globo na primeira temporada do humorístico "Tá no Ar". Como diria o seu bordão, "é inadmissível a Rede Globo exibir um programa chamado 'Sexo e as Negas'!!!"
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