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Cinco mistérios não solucionados no último capítulo de “Em Família”

Mauricio Stycer

19/07/2014 18h43

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Novela é ficção, sem muito compromisso com a realidade, e "Em Família" não é exceção. Em todo caso, muitos espectadores sentiram falta de respostas para algumas questões que ficaram em aberto na novela encerrada na sexta-feira (18). As principais reclamações que vi foram as seguintes:

1. Verônica (Helena Ranaldi) e Silvia (Bianca Rinaldi) souberam que estavam grávidas praticamente ao mesmo tempo. Mas no final, o público só viu o filho da mulher de Felipe (Thiago Mendonça). Nada da criança que a pianista teve com Cadu (Reynaldo Gianecchini).

2. Qual foi a responsabilidade de Juliana (Vanessa Gerbelli) na morte de Gorete (Carol Macedo), sua empregada? Em diferentes momentos da novela, Manoel Carlos insinuou que este caso poderia ser esclarecido, mas a novela terminou sem menção ao assunto. O médico que poderia ajudar no caso fez uma rápida aparição no capítulo final, mas o assunto não foi abordado.

3. Laerte (Gabriel Braga Nunes) morre ao ser baleado por Lívia (Louise D' Tuani) na porta da igreja logo após o casamento com Luiza (Bruna Marquezine). Por que ninguém chamou por socorro? A pianista aparece com a arma na mão, depois é levada por um PM e ponto final. O que aconteceu com ela?

4. Laerte não merecia um enterro? A viúva (Luiza) não deveria chorar por alguns dias a morte do marido? Helena (Julia Lemmertz) não poderia ter feito algum comentário sobre a tragédia, uma quase repetição da sua própria história? Manoel Carlos optou por uma passagem de tempo, incluindo apenas uma cena da mãe do vilão, Selma (Ana Beatriz Nogueira), no cemitério, ao lado da lápide do filho e do marido.

5. Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Müller) tinham o plano de adotar uma criança. O assunto morreu também.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.