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Preocupada, Globo exibiu mais chamadas para “Se Joga” do que “Éramos Seis”

Mauricio Stycer

27/09/2019 05h01

Érico Brás, Fernanda Gentil e Fabiana Karla, os apresentadores do novo "Se Joga"

A próxima segunda-feira (30) será um dia importante para a Globo. A emissora programou três estreias para a mesma data: da apresentadora Maju Coutinho à frente do telejornal "Hoje", do programa de variedades "Se Joga" e da novela "Éramos Seis".

A julgar pelo número de chamadas anunciando as novidades, a prioridade (ou a maior preocupação) da Globo é com "Se Joga". Entre 9 e 25 de setembro à tarde, em São Paulo, segundo dados coletados pelo blog, a emissora exibiu 96 chamadas para a atração com Fernanda Gentil, Érico Brás e Fabiana Karla. No mesmo período, a nova novela das 18h, "Éramos Seis", mereceu 82 chamadas.

Em tese, por ser um produto do horário nobre, a novela "Éramos Seis" deveria merecer mais chamadas. Mas o fato de "Se Joga" ser um formato novo, a respeito do qual os espectadores não fazem ideia do que esperar, pode justificar este investimento maior em promoção.

Outra explicação pode estar relacionada à concorrência. O novo programa de variedades irá ao ar após o "Hoje", às 14h, e vai competir diretamente com o "Balanço Geral", da Record, que nesta faixa costuma ficar em primeiro lugar no Ibope com o quadro "A Hora da Venenosa". A Record, porém, também tem motivo para preocupação: neste dia 30 será a estreia de Geraldo Luís no comando da atração, no lugar de Reinaldo Gottino, que foi para a CNN.

Além de "Se Joga" e "Éramos Seis", os programas da Globo que mereceram mais chamadas neste período entre 9 e 25 de setembro foram "The Voice Brasil" (79 chamadas), "Órfãos da Terra" (76), "Bom Sucesso" (74) e "A Dona do Pedaço" (69). A chamada com Maju Coutinho no comando do "Hoje" só começou a ser divulgada no último dia 24.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.