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Um ministro não pode duvidar do aquecimento global, critica Torloni

Mauricio Stycer

08/05/2019 05h01

"Amazônia – O despertar da florestania", documentário que entra em cartaz nesta quinta-feira (09) em várias cidades do país, traz uma novidade nos créditos. No alto, assinando como diretora, aparece o nome de Christiane Torloni, pela primeira vez nesta função.

A experiente atriz, com 45 anos de carreira na televisão, teatro e cinema, participou de todas as etapas do documentário. Além de dirigir, em parceria com Miguel Przewodowski, foi também produtora, roteirista e editora, além de aparecer na tela como entrevistadora.

O tema, a devastação da Amazônia, mobiliza Christiane há décadas. No filme, ela apresenta depoimentos colhidos em diferentes momentos junto a Benki Piyãko, Ailton Krenak, Marina Silva, Lucélia Santos, Frans Krajcberg, André Trigueiro, FHC, Juca de Oliveira, Miriam Leitão, Sérgio Abranches, Victor Fasano, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Paulo Adário.

Nesta entrevista ao UOL (veja o vídeo acima), Christiane fala da sua experiência como diretora de um documentário, explica a importância da militância em defesa da Amazônia, diz o que significa o neologismo "florestania" e critica a posição do atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles ("você não pode ouvir um ministro duvidar do aquecimento global") sobre o tema.

Esta semana, soube-se que as intervenções contra o aquecimento global estão entre as mais afetadas pelo bloqueio de recursos feito na semana passada pelo governo federal. Segundo o Estadão, dos R$ 11,8 milhões que seriam usados neste ano na Política Nacional sobre Mudança do Clima, para atender a compromissos assumidos pelo Ministério do Meio Ambiente, R$ 11,3 milhões foram contingenciados (96%), sobrando apenas R$ 500 mil.

A atriz comenta, também, o atual estágio da televisão brasileira e elogia séries como "Sob Pressão", em exibição na Globo, pela temática que aborda, a situação da saúde pública do país.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.