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Com polícia no meio, BBB19 segue vivo e mais quente que em noite de paredão

Mauricio Stycer

19/04/2019 05h02

Há bons motivos para acreditar que o "BBB19", concluído na última sexta-feira (12) com a vitória de Paula, está, na verdade, longe de terminar. Os sete dias que se seguiram à premiação da mineira com R$ 1,5 milhão foram mais animados do que os 88 dias de confinamento da campeã.

Já na festa de confraternização da equipe do programa, realizada na noite da final, o clima esquentou. Hana chamou Paula de "racista" e foi insultada por fãs da campeã. Convidada pelo UOL a esclarecer o que aconteceu, a youtuber confirmou o que disse. "Ela feriu toda uma nação".

A divisão da casa do "BBB19" em dois grupos segue firme fora do reality. O chamado grupo da Gaiola abandonou a festa após a chegada de Paula, levando Diego, um dos líderes do grupo rival, a tripudiar: "Villa Mix intactos, aproveitando cada segundo do pós, se divertindo, animados. Pena que não posso dizer o mesmo do outro lado", ironizou.

A resposta veio alguns dias depois. Hana, Rodrigo e o italiano Alberto posaram alegres para uma foto junto com Danrley em uma visita à Rocinha. "Visitando o filho", escreveu Rodrigo na legenda da foto postada no Instagram.

Outra diversão tem sido a reação dos fãs e haters de Paula diante de manifestações de apoio à campeã. Susana Vieira e Juliana Paes já ouviram o que não queriam após elogiar a mineira. "Fui ofendida por votar em você", disse Susana à campeã. "Quem sou eu pra julgar?", perguntou Juliana após ler desaforos em seu perfil no Instagram.

Assim como ocorreu no "BBB17", o pós-reality em 2019 também teve visita à delegacia – por ora, de Paula. A campeã do programa depôs na última segunda-feira (15) sobre o inquérito que apurava eventual crime de injúria cometido por ela contra Rodrigo. A situação ganhou ares de programa policial vespertino quando a ex-BBB deixou o local sem dar entrevistas e com o rosto coberto, além de tampar as janelas do carro.

Nesta quinta-feira, a temperatura do caso pegou fogo com a notícia de que o delegado Gilbert Stivanello, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI), concluiu que houve preconceito por parte de Paula contra Rodrigo e, por isso, a campeã do reality será indiciada.

A internet foi à loucura, mais animada do que em noite de paredão. E não há sinais de que o reality vai terminar tão cedo, o que não deixa de ser uma compensação para quem acompanhou os 88 dias intermináveis do programa.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.