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Oito anos depois, Globo perde processo por erro na divulgação do “BBB10”

Mauricio Stycer

13/10/2018 13h24


Encerrado há mais de oito anos, o "BBB10" ainda rende notícias. Esta semana, a Globo cumpriu uma decisão judicial, na qual foi condenada a indenizar uma professora da Universidade de Brasília que não participou, mas teve o seu nome mencionado como uma das selecionadas para a edição.

Marcia Elenita França Niederauer foi confundida com Elenita Gonçalves Rodrigues nos dias que se seguiram ao anúncio de quem iria disputar o "BBB10". As duas têm formação em linguística e atuavam na mesma universidade.

Na ação judicial que moveu contra a Globo, ela pediu – e conseguiu – indenização por danos morais, argumentando que a exposição do seu nome em sites da empresa a prejudicou. A sentença também determinou que a Globo divulgasse uma mensagem por três dias fazendo a correção.

"Marcia Elenita França Niederauer foi indevidamente relacionada como participante do 'Big Brother Brasil 10', mas ela não participou do referido programa", dizia a mensagem na capa do portal da Globo nesta sexta-feira (12).

Curiosamente, a Elenita que de fato disputou o "BBB10" também se sentiu prejudicada por sua participação. Em 2011, um ano depois, escreveu em seu blog: "A verdade é que fiz foi perder dinheiro participando do BBB (perdi credibilidade no círculo acadêmico e fui vetada em quase todas as bancas de que participava e que constituíam duas, três vezes o valor do salário que ganho agora)".

Exibida entre 12 de janeiro e 30 de março de 2010, a décima edição do "Big Brother Brasil" foi uma das mais marcantes da história do reality show. Ela contou com a presença de cinco ex-participantes, entre os quais o lutador Marcelo Dourado, que havia estado no "BBB4" e acabou ficando com o prêmio principal nesta sua segunda chance.

Ao longo da edição Dourado foi acusado de homofobia por declarações e atitudes agressivas dirigidas aos três homossexuais assumidos que participaram (Angélica, Dicésar e Serginho). A final do "BBB10", disputada entre Dourado, Fernanda e Cadu, é a recordista em número de votos: 154,8 milhões.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.