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Na mudança de bailarinas da Dança dos Famosos, Faustão também errou feio

Mauricio Stycer

17/09/2018 17h59


A inesperada substituição de uma bailarina no quadro "Dança dos Famosos" tem recebido intensa e merecida cobertura jornalística dos meios de comunicação. Para quem não sabe, o ator Sergio Malheiros trocou de parceira no meio da competição – Natacha Horana foi substituída, neste domingo (16), por Suellem Morimoto (imagem acima).

O caso foi revelado pelo repórter Gabriel Perline e repercutido pelo colunista Chico Barney. Vários aspectos importantes já foram abordados, chegando a minúcias, até, sobre fotos apagadas no Instagram e mensagens criptografadas enviadas por uns a outros.

Uma questão, porém, permanece sem esclarecimento. Por que o público não foi informado sobre o que aconteceu? Faustão se limitou a relatar que houve uma troca, sem dar nenhum detalhe a respeito. Já houve substituições no "Dança dos Famosos" em outras ocasiões, mas por motivos de contusões. Natacha (imagem ao lado), como se viu, está em perfeita forma e voltou a integrar o corpo de bailarinas do "Domingão do Faustão".

O apresentador Fausto Silva, sabemos, tem grande apreço pelas bailarinas do programa. Já as defendeu publicamente em mais de uma ocasião – em uma delas, antológica, de uma bronca ao vivo numa ex-BBB, que menosprezou o trabalho das moças.

Faustão, como temos visto, anda indignado com a situação do Brasil. Tem feito seguidas críticas aos políticos e à falta de honestidade geral. Reclama de corrupção. A toda hora pede investimentos em educação. E desabafa sobre a "zorra" que estamos vivendo.

Não caberia a ele, em nome da transparência, ter informado ao público neste domingo o que aconteceu entre Sérgio Malheiros e Natacha Horana? Se o ator, como diz Barney, "errou feio", o que dizer de Faustão?


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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.