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Segundo Sol: Se a burrice de Luzia já irrita às 21h30, imagina às 23h

Mauricio Stycer

08/09/2018 00h10


O amistoso entre Brasil e Estados Unidos na noite de sexta-feira (07) levou a Globo a exibir o capítulo 101 de "Segundo Sol" a partir das 23h. Foi uma experiência nova. Em vez de provocar irritação às 21h30, o seu horário normal, a novela exasperou os espectadores no final da noite.

Luzia (Giovanna Antonelli), em particular, deu mais um show de burrice. A heroína de "Segundo Sol" insiste em acreditar em Remy (Vladimir Brichta), que nunca fez nada para ajudá-la, e esconde tudo de Beto Falcão (Emílio Dantas), que arriscou tudo para ficar com ela.

Luzia já integra o ranking dos 10 personagens mais burros da história da teledramaturgia. Não é a única, claro. Valentim (Danilo Mesquita), o próprio Beto e o não menos cretino Remy são todos cegos e caem na conversa de qualquer um, especialmente de Karola (Deborah Secco) e Laureta (Adriana Esteves).

Nesta sexta-feira, Luzia protagonizou algumas cenas irritantes. Na pior de todas, no auge da insensatez, invadiu o apartamento de Karola para exigir que a vilã contasse o que fez com seu filho (Remy revelou a ela que a criança está viva). Óbvio que não conseguiu nada, além de dar uns tapas na cara e apontar um revólver para ela. Para piorar, Karola plantou na cabeça de Luzia que ela teve uma menina, e não um menino.

Nem Cacau (Fabiula Nascimento), que não prima pela inteligência, aguentou ouvir o relato que a irmã fez do encontro com Karola: "Ela tá querendo te fazer de trouxa, você não tá vendo isso?" Não, Cacau, Luzia não está vendo isso. Luzia não vê nada.

A repetição de erros que Luzia comete é exemplar da falta de história de "Segundo Sol". A burrice da personagem é necessária para prolongar um enredo que gira em falso, sem sair do lugar, e a cada capítulo parece mais pobre. Uma decepção.

Quem é o personagem mais burro de "Segundo Sol"?


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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.