Livro resgata histórias do mais famoso e supersticioso cartola botafoguense
Jornalista e botafoguense, Rafael Casé é também um historiador do Botafogo. "Somos Todos Carlito" (Gryphus, 242 págs., R$ 49,90) é o seu sétimo livro com temática alvinegra. Biógrafo de Quarentinha "(O artilheiro que não sorria"), autor de obras que lembram as conquistas do Carioca de 1989 e do Brasileiro de 1995, organizador das crônicas de Maneco Muller sobre Nilton Santos ("O Velho e a Bola"), Casé conta agora a história de Carlito Rocha (1894-1981), o cartola que transformou suas crendices e superstições numa marca de todo botafoguense.
O livro resgata em detalhes a história do título do Carioca de 1948, com direito a um capítulo sobre o cachorro Biriba, mascote do time, e outro para as lendas que celebrizaram o presidente, como a história das cortinas amarradas em General Severiano – Carlito acreditava que deixa-las soltas em dia de jogo poderia prejudicar o time. "Só acredito em superstição que funciona. Se para de funcionar, deixo de lado. E, em seguida, passo para outra mais eficiente", dizia Carlito.
Após o 6 a 2 sobre o Fluminense na decisão do Carioca de 1957, o tricolor Nelson Rodrigues escreveu: "Qual teria sido a contribuição carlitiana para o título? E eu próprio respondo: Carlito ligou o jogo ao sobrenatural, pôs Deus ao lado do Botafogo e, mais do que isso, pôs Deus contra o Fluminense." Em 1963, em outra ode a Carlito, após um Botafogo 3 x 0 Fluminense, Nelson escreveu: "Amigos, mais uma vez se prova que o futebol não comporta os ateus".
Somos todos Carlito, como diz o título. Leitura muito divertida. Recomendo.
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