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Precisamos falar sobre Munik, campeã do BBB16 e favorita no Power Couple

Mauricio Stycer

08/06/2018 13h14


O reality de casais da Record está se aproximando do fim e, pelo que reverbera das redes sociais, Munik e Anderson parecem favoritos ao título. Eles merecem?

Uma alteração nas regras do "Power Couple" joga a favor da dupla. Após duas edições em que os próprios casais tinham um poder decisivo de definir quem devia, ou não, continuar no reality, nesta terceira temporada a Record resolveu dar mais força ao público.

A alteração tornou o "Power Couple" mais parecido com o "BBB" e "A Fazenda". Por um lado, deixou o programa mais "democrático", sintonizado com as ambições de quem assiste. Mas, por outro, alterou o seu DNA – o que antes era uma batalha entre casais, exigindo lábia, jogo de cintura e habilidade, virou um jogo de popularidade.

É aí que Munik surge como favorita. A jovem goiana tinha apenas 19 anos quando entrou no "BBB16". Sua participação no programa foi marcada por uma escolha decisiva – ficou ao lado de Ana Paula em todas as confusões que a jornalista arrumou na casa, até ser expulsa por dar dois tapas em Renan.

Como escrevi na época, Ana Paula deixou como legado no programa um fã-clube apaixonado, que continuou votando em defesa dos seus aliados e preferidos — Munik, Ronan e Geralda. A sagacidade e a resistência de Maria Claudia nas últimas duas provas alteraram um pequeno detalhe deste roteiro – a primeira vitória levou à eliminação de Geralda e a segunda teve por consequência a saída de Ronan. Cacau chegou à final no papel já sabido de vice-campeã.

Munik foi uma planta no "BBB16" – simpática, agradável, gente boa, mas uma planta. Não espanta que Fael e Cézar Lima, campeões do "BBB12" e do "BBB15", respectivamente, estavam torcendo por ela.

No "Power Couple", Munik tem mostrado perfil semelhante ao que exibiu no "BBB16" – não se envolve em confusão, evita confrontar os adversários, quase não faz intrigas e esbanja o sorriso simpático. Exibe, mais uma vez, o perfil de planta.

Contra ela, pesa o fato de o marido, Anderson, não ajudar muito. O empresário foi beneficiado por uma decisão da Record – o afastamento de Diego, acusado de ameaçar a sua integridade física. Como não há imagens da confusão, acho que a emissora deveria ter dado punição igual para os dois.

Enfim, tenho dúvidas se o casal merece ganhar o "Power Couple". Não que eu tenha preferência por outros casais, muito pelo contrário. Não torço para ninguém – quero apenas me divertir. E Munik e Anderson não têm feito nada neste sentido.

Expulsão de casal do Power Couple foi injusta?


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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.