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Glória Perez vê “crueldade” em críticas a Fiuk e diz que ele é “iniciante”

Mauricio Stycer

15/10/2017 12h17

Destaque negativo no elenco de "A Força do Querer", Fiuk ganhou defesa de peso neste domingo (15). "Todo mundo sabia que ele é iniciante, está no começo e cercado por atores muito experientes", disse Gloria Perez.

Em entrevista a Carla Bittencourt, do jornal "Extra", a autora da novela viu "crueldade" nas críticas ao desempenho do ator: "Acho que, às vezes, a crítica tem um nível de crueldade muito grande. Todo mundo começa, mas nem todo mundo tem o grande público para julgar. Ninguém pensa em seus inícios? Será que uma matéria sua no início de carreira é tão boa quanto a de agora? Fiuk quer corresponder, ele está se dedicando".

Fiuk tem 26 anos. É possível dizer que seja inexperiente, mas chamá-lo de iniciante é um exagero da autora. Ele atuou ao longo da temporada 2009-10 de "Malhação", teve um papel em "Aquele Beijo" (2011), "Geração Brasil" (2014) e conta algumas participações especiais em diferentes novelas ("Cheias de Charme", "Louco por Elas", "Guerra dos Sexos"). Desde 2010, também já atuou em alguns filmes, como "As Melhores Coisas do Mundo", "Julio Sumiu" e "Divã a 2".

Em outra passagem surpreendente da entrevista, Gloria disse não levar em consideração os comentários sobre "A Força do Querer" nas redes sociais. Embora seja uma usuária ativa do Twitter, ela acha que há "muita gente paga" para falar mal – ela já havia defendido esta opinião na época de "Salve Jorge".

"O mundo das redes sociais é muito falso, tem muito robô, muita gente paga, muitos haters. Eu meço o sucesso nas ruas! Quando uma pessoa, do nada, fala 'o meu pau te acha', eu vejo que está na boca do povo", disse Gloria. Quando fez esta afirmação, em 2013, escrevi que Gloria deveria informar quem recebe e quem paga para falar mal de novela.

Na entrevista, a autora também respondeu às críticas de que "glomourizou o crime", por meio da personagem Bibi (Juliana Paes): "Existe uma dose de machismo nessa crítica. Querem que Bibi (Juliana Paes) tenha uma pena maior do que os crimes que ela cometeu, mas não cobram o mesmo de Sabiá (Jonathan Azevedo) e Rubinho (Emilio Dantas)", disse.

"A Bibi da novela cometeu mais crimes que a Bibi da vida real (Fabiana Escobar). As pessoas são muito cruéis e esquecem que ela é uma pessoa real e que foi inocentada pela Justiça. Houve quase que um linchamento virtual contra a Bibi", acrescentou.

A entrevista pode ser lida aqui.


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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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