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“Construa alianças” e outras 9 lições para sobreviver no mundo corporativo

Mauricio Stycer

14/08/2017 05h01


Abaixo, dez lições que Adriano Silva registra em "Treze Meses Dentro da TV", livro em que relata a sua frustrada experiência como chefe de redação do "Fantástico", da Globo.

"É um equívoco não se posicionar para não correr o risco de desagradar o interlocutor. Ao se deixar guiar unicamente por aquilo que você supõe ser a expectativa do outro, você não mostra a si mesmo. E com medo de decepcionar, você acaba escondendo o que tem de melhor."

"As empresas não são nada além das pessoas que as compõem."

"Uma das regras mais caras para sobreviver na vida corporativa é conhecer o seu lugar e se ater a ele. Outra é construir alianças que lhe amparem. Duas regras que eu ignorei."

"Essa é a dramaturgia que define a vida corporativa: não crie problemas. Saiba a hora de ignorar – ou mesmo negar – os problemas existentes."

"Não há vácuo de poder – eis outra grande verdade corporativa. Os espaços estão sempre ocupados. Então é do interesse do grupo estabelecido manter o status quo e excluir novidade, que é sempre vista como ameaça."

"É preciso aprender a discordar. Admitir o confronto. Perder o medo de desagradar. Jogar fora aquela espécie de culpa que surge toda vez que você se posiciona de modo mais firme, aquele desassossego que aparece sempre que você coloca de modo mais explícito o que está pensando."

"A confiança é um valor muito maior do que a competência; não bulir com o que está estabelecido é muito mais importante do que carpir soluções extraordinárias."

"Não é minha obrigação reverter a hostilidade de lugares hostis. Nem sempre é inteligente resistir. Nem sempre desistir implica derrota."

"Para sobreviver no escritório é preciso compreender que se defender não é apenas um direito – é uma obrigação."

"É preciso coragem para apanhar. E é preciso também coragem para bater. São dois tipos diferentes de valentia. E vale sempre lembrar o código dos samurais: só é possível vencer uma batalha se você entrar nela preparado para perder."

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.