Topo

Globo registra maior perda no primeiro dia sem sinal analógico em Goiás

Mauricio Stycer

24/06/2017 05h24


Depois de Brasília e São Paulo, esta semana foi a vez de Goiânia passar pelo fim do sinal analógico de televisão. A diferença é que na capital de Goiás os canais que formam a Simba (Record, SBT e RedeTV!) continuam com sinais nas operadoras de TV paga.

Isso faz com que a experiência iniciada nesta quinta-feira (22) tenha um interesse especial. Mais do que em Brasília e em São Paulo, será possível ter uma ideia mais clara em Goiânia sobre o impacto do final da TV analógica.

O resultado de apenas um dia não é suficiente para nenhuma conclusão, mas chama a atenção. Os números do Ibope relativos a esta quinta-feira comparados às ultimas quatro quintas mostra um impacto muito negativo para a Globo, altamente positivo para a Band e sem muitas mudanças para Record e SBT.

Na faixa das 7h da manhã à meia-noite, a chamada "média-dia", a Globo caiu de 13,3 pontos nas últimas quatro quintas para 11,9 – uma queda de 10%. A Record foi de uma média de 8,4 para 8,3 nesta quinta. Já o SBT cresceu de 8,2 para 8,5. Os canais pagos foram de 6 pontos para 6,4. Já a Band saltou de 1,4 para 2,2 – um aumento de 53%. E houve uma queda no total de ligados, de 42,3 para 40,9.

Já na média das 24 horas, a Globo caiu de uma média de 10,2 pontos nas últimas quatro quintas para 9,1 – 12% de queda. O SBT cresceu um pouco, de 6,6 para 6,8. A Record permaneceu estável com média de 6,2 pontos. Os canais pagos cresceram de 4,6 para 4,8 pontos. E Band foi de 1,1 para 1,6 – um crescimento de 46%. Já o total de ligados registrou queda de 32,5 para 31,5.

Goiás é um mercado em que, tradicionalmente, a liderança da Globo é menos expressiva do que em outros centros. Como já disse, este é um resultado de apenas um dia, mas chama a atenção. É o caso de acompanhar o impacto desta mudança nas próximas semanas.

Siga o blog no Facebook e no Twitter.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.