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Bonner erra, Renata gagueja e Zileide é trollada em edição tensa do JN

Mauricio Stycer

17/05/2017 21h31


Com pouco tempo para incluir o noticiário bombástico revelado pelo jornal "O Globo" por volta das 19h30 desta quarta-feira (17), o "Jornal Nacional" exibiu uma edição quente, mas tensa e tumultuada, com alguns erros que chamaram muito a atenção.

Logo no início, William Bonner quase chamou o presidente Michel Temer de "ex". Ele notou o erro a tempo, fez uma pausa e retomou a narração corretamente, sem se corrigir.

Mais tensa que Bonner, Renata Vasconcellos gaguejou diversas vezes durante a leitura das acusações envolvendo Temer e Aécio Neves. Renata já havia demonstrado nervosismo ao apresentar o plantão do telejornal mais cedo – chegou a ofegar e falar com a voz tremida (veja abaixo).

O momento mais cômico ocorreu durante a primeira entrada ao vivo da repórter Zileide Silva, dentro do Congresso Nacional, em Brasília. Uma mulher se colocou atrás dela com um pequeno cartaz, onde estava escrito "Eu votei na Dilma", e conseguiu exibi-lo por cerca de 20 segundos. A trollada, naturalmente, foi o assunto nas redes sociais.

É preciso dizer que todos estes acidentes de percurso são compreensíveis dado o calor do noticiário e o tempo apertado para entrar no ar. Mesmo sem nada a acrescentar ao que o jornal "O Globo" publicou, o "JN" mobilizou o público e virou assunto, mostrando que ainda é relevante.

Abaixo, o plantão do JN que interrompeu abruptamente a exibição de "Rock Story":

Audiência
A edição do "Jornal Nacional" desta quarta-feira (17) registrou audiência bem acima da média para o dia, quando o telejornal costuma começar um pouco mais cedo e é mais curto por conta da transmissão de futebol.

O JN marcou média de 33,4 pontos em São Paulo, 10% a mais que a média das últimas oito semanas, que foi de 30,4 pontos. Na quarta-feira anterior, dia em que o telejornal tratou do depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro, a audiência foi de 30,8 pontos. Em 12 de abril, também uma quarta-feira, quando o noticiário girou em torno da "lista de Facchin", o Ibope foi de 27,9.

Atualizado em 18/5 com os dados do Ibope.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.