Com série nova, Band quer provocar o espectador que não gosta de história
Andando por Lisboa, o ator Dan Stulbach e a historiadora Lilia Schwarcz quase são atropelados por integrantes da corte portuguesa correndo em direção ao porto, de onde partirá a caravana da família real rumo ao Brasil. Essa interação entre 1807 e 2017 é um dos atrativos de "Era uma Vez uma História", série em quatro episódios que a Band estreia nesta quinta-feira, às 22h50.
Com custo estimado de R$ 1 milhão por episódio, o programa talvez fale de assuntos que parte do público já conheça – da instalação da Coroa portuguesa no Brasil até a proclamação da República, em 1889. Mas o objetivo da Band é outro. "Não estamos querendo falar só com quem gosta de história. Queremos trazer as pessoas que não gostam de história", diz ao UOL o diretor-geral de conteúdo da Band, Diego Guebel.
Na visão do executivo, a série tem a mesma função que aquele professor da escola que faz o aluno se interessar pela matéria considerada aborrecida. "Queremos provocar o espectador a buscar mais informações sobre o assunto quando acabar o programa".
Além da narração com toques interativos de Stulbach e Lilia e da encenação de episódios históricos, a série aposta ainda em um grafismo com animação e uma linguagem moderna, que lembra memes de internet.
O formato de "Era uma Vez uma História" é baseado em "Algo habrán hecho (por la historia argentina)", programa exibido entre 2005 e 2008, apresentado por Mario Pergolini e o historiador Felipe Pigna. Pergolini foi um dos criadores da produtora Cuatro Cabezas, junto com Diego Guebel, e comandou a bancada do "CQC" na Argentina.
Quem passeia por canais como Discovery ou History também já viu programas com formato semelhante. Guebel reconhece isso, mas observa, com razão: "O desafio é colocar um programa deste tipo na TV aberta", afirma. "Todo mundo diz que a TV aberta tem que melhorar, não? Acho que dá para fazer coisas um pouco melhores, produtos de qualidade".
Pronto desde 2016, "Era uma Vez uma História" teve a sua exibição adiada pela Band no esforço de encontrar a "janela" ideal para mostrar o programa – o que inclui tempo para a promoção e divulgação. "É um programa tão especial. Queríamos tempo para lançar", justifica o diretor.
Entre os atores que interpretam figuras históricas, há alguns convidados especiais. No primeiro episódio, há aparições do cantor Lenine e da cantora Luiza Possi. Thaide, Oscar Filho, Ricardo Boechat e Paloma Tocci também fazem participações especiais na série.
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