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Matheus Nachtergaele: No auge da carreira, "perdi o sentido do meu ofício"

Mauricio Stycer

26/04/2017 04h01

Aos 48 anos, Matheus Nachtergaele é um dos mais importantes atores brasileiros. No momento, ele está encenando "Processo de Conscerto do Desejo", no qual lê poemas da mãe, que se suicidou quando ele tinha 3 meses. O monólogo fica em cartaz no Teatro Raul Cortez, em São Paulo, até este domingo (30), e já tem encenações programadas em diferentes cidades do país até o ano que vem.

O ator recebeu o UOL em um hotel em São Paulo no início da semana. A conversa passou por vários aspectos da carreira do ator. No vídeo acima, ele fala do impacto que representa evocar a mãe em cena, conta detalhes sobre os mais recentes trabalhos que fez para a TV e lembra do momento de maior popularidade na carreira e dos efeitos negativos que isso teve em sua vida. Também revela o desejo de voltar a fazer novela – no papel de vilão.

"Processo de Conscerto do Desejo" marca uma volta do ator ao teatro, onde começou a sua carreira, no início da década de 90. Ficou conhecido por duas peças, "Paraíso Perdido" e "O Livro de Jó", encenadas pelo grupo Teatro da Vertigem.

Por conta destes trabalhos, foi levado para o cinema, onde emendou inúmeros filmes importantes, entre os quais "Cidade de Deus", "Amarelo Manga", "Narradores de Javé", "Árido Movie" e tantos outros.

Junto com o cinema, veio a televisão – e vários papéis marcantes, como João Grilo em "Auto da Compadecida", Pai Helinho em "Da Cor do Pecado", Carreirinha em "América", Miguezim em "Cordel Encantado" e o Fernando em "Doce de Mãe", todas exibidas na Globo. Mais recentemente, viveu o cineasta José Mojica Marins na série "Zé do Caixão", no canal pago Space.

No vídeo abaixo, há uma versão estendida da conversa, onde Nachtergaele se detém sobre outros momentos e trabalhos que já fez. Sou um grande admirador do trabalho do ator e acho que esta entrevista merece a atenção do leitor.

Do teatro ao cinema e à TV, uma conversa franca com Matheus Nachtergaele

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.