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Aposta da Globo com estreias em janeiro não tem maior impacto no Ibope

Mauricio Stycer

02/02/2017 04h02

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A Globo investiu pesadamente em sua programação em janeiro. Foram sete estreias de produções nacionais, contra apenas uma novidade da Record e nenhuma do SBT. No balanço dos números do Ibope, em São Paulo, no entanto, as três registraram aumento de audiência no período. E, curiosamente, as duas emissoras paulistas cresceram em termos percentuais mais que a líder de audiência. Isso mostra que as estreias tiveram pouco impacto sobre os números do Ibope.

Na média das 24 horas, a Globo foi de uma média de 11,9 pontos em dezembro para 12,4 em janeiro, um crescimento de 4%. A Record foi de 5,6 para 5,9 – um aumento de 6%. E o SBT passou de 5,3 para 5,7 pontos – 8% de crescimento.

No horário de 7h à 0h, o fenômeno se repetiu. As três emissoras registraram crescimento, mas percentualmente o da Globo foi o menor. O SBT foi de 6 pontos em dezembro para 6,6 em janeiro (mais 9%). A Record foi de 7,1 para 7,6 (mais 7%). Já a Globo cresceu de 14,1 para 14,8 pontos (mais 5%).

Somente no chamado horário nobre, das 18h à 0h, a Globo cresceu percentualmente mais que as duas concorrentes. A emissora carioca foi de uma média de 20,6 pontos em dezembro para 22,1 em janeiro (mais 7%). A Record foi de 9,6 para 10,1 (mais 5%) e o SBT saiu de 8,1 para 8,6 (mais 5%).

A Globo lançou no mês três minisséries ("Aldo", "Dois Irmãos"e "Cidade dos Homens"), além das novas temporadas de "The Voice Kids", "Tá no Ar", "Amor & Sexo" e "BBB17". A Record estreou no período a série "Sem Volta". O SBT não lançou nada.

Na comparação com dezembro de 2016, o primeiro mês de 2017 registrou um crescimento de 5% no número de aparelhos de ligados, saltando de 45% para 47%, em São Paulo. Na comparação com janeiro de 2016, também houve um maior consumo de televisão. O percentual de aparelhos ligados, há um ano, foi de 45%.

Em janeiro, Record e SBT inovam e dão nomes novos a programas velhos

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.