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Jorge Pontual pede desculpas por piada sobre a morte de Carrie Fisher

Mauricio Stycer

28/12/2016 13h03

Correspondente da GloboNews em Nova York, Jorge Pontual chocou os fãs de Carrie Fisher (1956-2016) com um comentário pouco ortodoxo sobre a morte da atriz – um grunhido imitando o personagem Chewbacca.

Em resposta à imediata repercussão negativa, Pontual não cogitou pedir desculpas. Ao contrário, criticou a falta de humor dos que o criticaram: "Pena que alguns fãs dela no Brasil não tenham o menor sense of humor. Não sacaram Carrie Fisher".

Cerca de 15 horas depois, no início da tarde desta quarta-feira (21), o jornalista mudou o tom: "Peço desculpas a quem se ofendeu por meu comentário de ontem sobre Carrie Fisher. Não foi minha intenção ofender nem desrespeitá-la. Lamento."

pontualmascaraNão é a primeira vez que o correspondente pontua os seus comentários com piadas. No Carnaval de 2015, surgiu em cena usando uma mascara representando cocô para "ilustrar" a notícia de que um beijo pode transmitir milhões de bactérias. Já se vestiu de lenhador para falar do estilo "lumbersexual". E derrubou a internet no dia em que colocou óculos e arriscou uns movimentos corporais para imitar o coreano Psy, que se consagrou com o "Gangnam Style".

Como o tio que sempre conta aquela piada do pavê ("É pra ver ou pra comer?") nas reuniões familiares, Pontual realmente vê graça nos seus comentários bem-humorados. Acontece. Mas não pode ignorar a possibilidade de que nem todo mundo ri.

A sua imitação do Chewbacca provocou três tipos de reação, basicamente. Uma grande maioria se sentiu ofendida com a piada, alguns espectadores riram do comentário e outros defenderam o direito de o jornalista fazer o que bem entende na TV.

Estou entre estes últimos, mas acrescento que é preciso saber arcar com as consequências dos seus atos – e de suas piadas. Se o Twitter serve como termômetro de algo, parece claro que o "tio do pavê" não agradou. Nestas situações, a melhor coisa a fazer é pedir desculpas e prometer melhorar na próxima vez.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.