Público festeja a “libertação” de Roberto, que volta a cantar “inferno”
E o Roberto Carlos voltou a dizer "inferno". 2016, que ano pic.twitter.com/8b5W7b8Prn
— Bernardo MelloFranco (@BernardoMF) 24 de dezembro de 2016
Foi necessário esperar até 2016, esse ano difícil e interminável, para ouvir Roberto Carlos voltar a cantar "Quero que Vá Tudo pro Inferno", musica de 1965, vetada em seu repertório desde a década de 80.
Quando, finalmente, o músico informou ter se livrado do transtorno que o impedia de pronunciar a palavra maldita, o público foi ao delírio. Como se o Rei tivesse marcado um gol – e foi mesmo.
"Não me lembro mais quando foi a última vez que cantei essa música. Faz muito tempo realmente. De repente os amigos insistiram e comecei a tratar o TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Melhorei um pouco e ensaiei cantando pela metade, mas aí tratei mais um pouco e resolvi cantar tudo", disse o cantor.
Para quem faz praticamente o mesmo especial desde 1974, a "libertação" de Roberto foi o ápice de um show com bons momentos musicais. Em especial, registre-se a parceria com Marisa Monte em "De que Vale Tudo Isso" e "Ainda Bem". Também sobrou emoção no encontro com Caetano e Gil, este bem abatido, para cantar "Coração Vagabundo" e "Marina".
Bem básico, o show intitulado "Simplesmente Roberto" contou, ainda, com participações de Zeca Pagodinho, Jennifer Lopez e Rafa Gomes, cantora-mirim revelada no "The Voice Kids" no início do ano.
Ainda que Roberto tenha conseguido exorcizar "que vá tudo para o inferno", não faltou o contraponto de "Jesus Cristo" para, como de hábito, encerrar o show.
Audiência: "Simplesmente Roberto" registrou 21,8 pontos em São Paulo. Foi a segunda maior audiência do dia, só inferior à de "A Lei do Amor" (22,7) e alguns décimos a mais que o "Jornal Nacional" (21,6).
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