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Tom: Na saída da Globo, fui visto como ingrato, mas foi tudo profissional

Mauricio Stycer

14/12/2016 09h03

Com 25 anos de carreira na televisão, Tom Cavalcante tem explorado novos formatos desde 2015, quando estreou no canal pago Multishow. Depois de uma primeira experiência frustrante com "Partiu Shopping", o comediante reencontrou o sucesso com "Multi Tom". O programa teve duas temporadas em 2016 e já garantiu mais uma no ano que vem.

Na última sexta-feira (9), Tom recebeu o "UOL Vê TV" para uma entrevista muito franca e interessante em seu apartamento, em São Paulo. O ponto de partida da conversa foi o novo programa, mas também tratamos de vários outros assuntos.

tomcavalcanteNo vídeo acima, estão destacados breves trechos de três tópicos importantes. No primeiro, Tom revê um episódio até hoje objeto de várias versões – a sua saída da Globo, em 2004, rumo à Record. Na sua visão, parte da cúpula da emissora carioca entendeu errado o gesto, avaliando como ingratidão o que, na sua opinião, foi apenas profissionalismo. Tom conta, também, como Fausto Silva o ajudou nesta reaproximação com a Globo.

Outro tema é o sucesso que tem feito com humor político – um dos quadros mais bem-sucedidos do "Multi Tom" é o reality "Casa dos Políticos", no qual ele ri, democraticamente, de Dilma e de Temer, entre outros. E ele fala, também, sobre como é necessário atualizar a forma de apresentar o humor em tempos de internet.

No vídeo abaixo, está a integra da conversa. Além dos temas citados, em mais detalhes, ele também elogia a nova geração do humor, mas lamenta a falta de programas do gênero. Justifica o humor politicamente correto pela necessidade de respeitar o espectador de origem mais humilde, que pode ter dificuldade de entender algumas piadas. Fala da desigualdade social no país e da responsabilidade dos humoristas. Vale a pena assistir:

Crédito da imagem: Marcelo Pellegrino/UOL.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.