Netflix cancela “Marco Polo”, uma das séries mais caras já realizadas
Depois de duas temporadas, a Netflix anunciou que não vai renovar "Marco Polo", um dos maiores investimentos que a empresa já fez em produções próprias. Os primeiros dez episódios foram lançados no final de 2014 e a segunda temporada foi ao ar em julho deste ano.
Estima-se que a primeira temporada, com dez episódios, tenha custado cerca de US$ 90 milhões – um orçamento só inferior a "Game of Thrones", da HBO. "Marco Polo" recria livremente as aventuras do comerciante veneziano pela Rota da Seda, na Ásia, onde permaneceu por 24 anos, entre 1271 e 1295.
A série foi o primeiro grande investimento da Netflix em busca de uma audiência global, para além do mercado americano. Em um texto para a "Folha", em dezembro de 2014, escrevi:
"Marco Polo" busca atingir o grande público, o que não é demérito algum, mas faz isso com a mesma falta de leveza dos exércitos de Kublai Khan. A série abusa de clichês, exageros visuais, tramas forçadamente intrigantes, muito nonsense, além de um vilão bizarro, o poderoso chanceler chinês, que explica o mundo com a ajuda de grilos.
O cancelamento mostra que o objetivo de conquistar novos mercados com "Marco Polo" não deve ter alcançado o custo-benefício esperado.
Investindo em produções próprias desde 2013, a Netflix tem pouca tradição em cancelamentos. Este ano, porém, desistiu de prosseguir investindo em "Bloodline". No ano passado, cancelou "Lilyhammer" e "Hemlock Grove".
Veja também
A rota do mercado
Sobre o autor
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.