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Em mais uma homenagem, “Haja Coração” recria cena famosa de “Vale Tudo”

Mauricio Stycer

07/09/2016 12h44

hajacoracasafira3Quem acompanha "Haja Coração" já se habituou às referências e homenagens a novelas e personagens do passado. A própria trama de Daniel Ortiz é um "remake" (ou "releitura", como prefere a Globo) de "Sassaricando", de Silvio de Abreu, exibida originalmente em 1987.

Nesta quinta-feira (08), mais uma homenagem vai ao ar. Trata-se da entrada em cena de Safira, uma prima de Teodora Abdala (Grace Gianoukas). Quem vai viver a personagem é a atriz Cristina Pereira, que na versão original da novela interpretou Fedora, o papel atual de Tatá Werneck.

Explicando para Leozinho (Gabriel Godoy) quem é a tia Safira, Fedora diz: "Sabe vilão de novela? Lembra? Tipo Carminha, Nazaré Tedesco, Bia Falcão…" E Leozinho: "Ela é tipo um mix de todas?" "Tipo isso", responde Fedora.

Mas faltou uma vilã na lista. Na cena seguinte, Aparício (Alexandre Borges) telefona para a tia Safira. Tanto o enquadramento da câmera (fechado nos olhos da personagem) quanto os diálogos foram uma homenagem a uma cena famosa de "Vale Tudo" (1988), quando Celina (Nathalia Timberg) conversa com a irmã, Odete Roitman (Beatriz Segall) ao telefone, antecipando a chegada da vilã ao centro da trama.

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"Só voo de primeira classe", diz Safira a Aparício, combinando sua volta ao Brasil. "Me coloque num hotel 5 estrelas desses de São Paulo, que pensam que são chiques, mas na verdade são só limpinhos. Suíte presidencial, claro." Em "Vale Tudo", Odete pede para Celina: "Você reserva para mim a suíte presidencial de um desses hotéis limpinhos aí, de preferência que não tenha um bando de mendigos na porta".

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Quem me chamou a atenção para a homenagem foi o leitor Paulo Henrique Fernandes Rocha, a quem agradeço.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.