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Piadas, constrangimentos e acidentes salvam o Globo de Ouro do tédio

Mauricio Stycer

11/01/2016 02h20

Com duração de três horas (mais uma de tapete vermelho), a cerimônia de entrega do Globo de Ouro foi, como sempre, um evento caótico e tedioso.

Em todo caso, quem conseguiu ficar acordado até o fim foi compensado com algumas poucas boas piadas feitas no palco, em especial a alusão ao erro do apresentador Steve Harvey na entrega do Miss Universo, muito bem lembrado por Jamie Foxx.

O humor politicamente incorreto e os constrangimentos causados pelo apresentador Ricky Gervais também chamaram a atenção. No momento mais tenso, ele ridicularizou o ator Mel Gibson, lembrando dos seus problemas com bebida e de um episódio em que ofendeu uma policial.

Apresentando o Globo de Ouro pela quarta vez, Gervais lembrou da sua má fama de piadista com mão pesada: "Vou ser bonzinho esta noite. Eu mudei, obviamente não tanto quanto Bruce Jenner", disse chamando Caitlyn Jenner pelo nome que tinha antes de mudar de sexo.

Na internet, o momento mais festejado da noite foi um acidente não previsto no roteiro — o esbarrão que Lady Gaga deu em Leonardo Di Caprio a caminho do palco, onde recebeu o prêmio de melhor atriz por seu trabalho em "American Horror Story".

Considerado por muito tempo como "uma prévia do Oscar", o prêmio da associação de correspondentes estrangeiros de Hollywood, escolhido por cerca de 90 jornalistas, hoje chama mais atenção pelos troféus dados aos programas de televisão.

E a associação fez algumas boas escolhas neste campo, como o prêmio de melhor série dramática para "Mr. Robot" e o de melhor ator para Jon Hamm, por seu papel na última temporada de "Mad Men".

Com dois prêmios, dados à série "Mozart in the Jungle", a Amazon superou a Netflix (que ficou sem nenhum troféu) na batalha particular que as empresas de streaming estão travando no mercado.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.