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Fátima superou Faustão, Huck, Regina Casé e hoje é a cara da Globo

Mauricio Stycer

16/11/2015 05h01

No comando de um programa de entretenimento desde junho de 2012, ou seja, há três anos e meio, Fátima Bernardes é hoje a apresentadora que melhor representa a cara da Globo.

É sintomático, neste sentido, que desde então já tenha aparecido, interpretando a si mesma, em cinco novelas da Globo, três somente este ano: "I Love Paraisópolis", "Babilônia", "Alto Astral", "Geração Brasil" (2014) e "Cheias de Charme" (2012).

Simpática, educada, politicamente correta, transformou o auditório do seu programa num ambiente agradável. Sem maiores polêmicas, toma o cuidado sempre de enfatizar o ponto de vista "do bem" nos debates, seja enaltecendo os exemplos de superação, seja se indignando com o que causa evidente revolta.

Já ao apresentar seus convidados musicais, Fátima raramente perde a oportunidade de ensaiar alguns passos de dança – sugerindo ser tão desajeitada quanto as espectadoras que a assistem.

Fátima se tornou uma animadora da melhor qualidade – os seus números de dança hoje já fazem parte obrigatória da atração. Ao rebolar com Anitta na última quinta-feira (12) acrescentou mais um tópico chamativo à lista de "micos" previamente calculados que ajudam o seu programa a se prolongar nas redes sociais.

Outro sinal da sua aceitação junto ao brasileiro médio é o fato de ter se tornado, a peso de ouro, garota-propaganda de um dos grupos de alimentação com ações mais ativas na mídia, ajudando a vender frango congelado e embutidos.

Depois de muitos anos, enfim, a Globo encontrou uma apresentadora capaz de representá-la junto ao grande público – mais simpática que Faustão, mais natural que Luciano Huck e menos rejeitada que Regina Casé.

Veja cinco demonstrações do requebrado de Fátima:

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.