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Em cobertura improvisada, mesmo cientista político fala em quatro programas

Mauricio Stycer

14/11/2015 16h13

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Surpreendidas com os ataques terroristas em Paris, iniciados por volta das 18h30 (horário de Brasília), as principais emissoras do país tiveram que rebolar para apresentar os seus noticiários do horário nobre, na noite de sexta-feira (13).

O "Jornal Nacional", por exemplo, foi ao ar ainda com os ataques se desenrolando, o que dificultou muito a cobertura. Também atrapalhou o fato de o seu jornalista mais perto dos eventos estar em Londres. A RedeTV!, com um correspondente em Paris, Marcos Clementino, foi a primeira emissora brasileira a gerar imagens da cidade. A Band contou com Milton Blay, via Skype.

Movimento interessante ocorreu na ESPN Brasil, que transformou a sua cobertura esportiva dos amistosos internacionais que ocorriam na sexta-feira em acompanhamento dos eventos trágicos em Paris, com informes dos repórteres João Castelo Branco (Londres) e Thiago Arantes (Barcelona), apoiados pela redação, em São Paulo.

O Esporte Interativo, igualmente, deixou de lado a cobertura esportiva para falar dos atentados com a ajuda de sua correspondente em Paris, Isabela Pagliari, que estava no Stade de France, onde ocorreu um dos ataques.

Pegos de surpresas, mas também com falta de imaginação, quatro programas jornalísticos recorreram a um mesmo cientista político, Heni Ozi Cukier, para opinar sobre o assunto em entrevistas feitas em seus estúdios.

Na noite de sexta-feira, o profissional esteve na GloboNews, no "Jornal da Globo" e no SBT. No início da tarde deste sábado (14), Cukier já estava de volta ao batente, falando com Sandra Annemberg no "Jornal Hoje".

Em tempo: Mais sobre a cobertura dos atentados em Paris aqui.

A montagem com fotos de Cukier nos quatro telejornais citados é do perfil de Rick Souza, no Twitter.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.