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Mesmo sem Gugu na cola, Ratinho entrevista “anãzinha garota de programa”

Mauricio Stycer

12/11/2015 05h01

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Ratinho vai se lembrar de 2015 como o ano em que deixou de lado, por alguns momentos, a linha "família e alegria", adotada já há alguns anos, para voltar a se aventurar pelo terreno da apelação e do sensacionalismo. Ele próprio explicou a razão da guinada: o retorno de Gugu Liberato à Record.

Depois de perder para o apresentador rival seguidas vezes, Ratinho ameaçou, em março, em entrevista ao "Pânico": "Gugu, se eu resolver fazer o que você está fazendo, eu ganho de você de novo". O que ele está fazendo?, quis saber o repórter: "Baixaria. Tipo o que eu fazia".

Além de entrevistas bombásticas com presidiários famosos, Gugu também tentou reeditar o seu famoso quadro da banheira, mas não funcionou. Ratinho lançou a brincadeira do "rabo quente", igualmente sem maior sucesso.

Esta semana, mesmo sem Gugu na sua cola para justificar "baixaria" (o rival está fora do ar desde outubro), Ratinho prometeu "um bate-papo quente" com Dafne, anunciada como "a anãzinha garota de programa".

Promessa cumprida. Exibida por volta da meia-noite, a conversa não evitou nenhum detalhe sobre a vida profissional da jovem. Desembaraçada, Dafne divertiu Ratinho e o público com respostas diretas e picantes sobre o seu cotidiano, os seus talentos e suas preferências.

"Não sou apresentador. Eu sou animador de programa", explicou Ratinho antes do início da entrevista. Para confirmar, ele já avisou que nesta quinta-feira (12) vai abrir o Mar Vermelho no seu palco. "Muito melhor do que na Record", prometeu.

"Meu programa sempre foi uma mistura do nada com coisa nenhuma", gosta de repetir, exagerando na modéstia. Sem foco algum, mas com uma pauta bem diversificada, divertida e debochada, Ratinho encontrou um novo público depois que abandonou o cassetete e o mundo cão. Só precisa se cuidar para não perder o rumo e ficar parecido com seus concorrentes.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.