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Homenageado por Faustão, Caio Castro sinaliza incômodo com apelação

Mauricio Stycer

16/08/2015 19h59

Um dos protagonistas da novela "I Love Paraisópolis", Caio Castro passou por uma situação incomum durante o "Domingão do Faustão". Destinado a homenageá-lo, o quadro "Arquivo Confidencial" acabou deixando o ator chateado.

A atração mostrou a ajuda que o ator deu a uma menina doente, de origem humilde, cujo sonho era conhecê-lo. Enquanto o público ouvia depoimentos dos pais da jovem e via imagens de Juliane muito debilitada, Castro disse algo a Faustão e mostrou estar muito abalado. Encerrado o VT, o apresentador informou que a garota havia morrido dias antes, mas que a história foi veiculada a pedido dos pais.

faustaocaiocastro2Juliane morava em Rondônia e tinha como sonho a realização da festa de 15 anos. Poucos meses antes do aniversário, no entanto, a jovem descobriu que estava com câncer. Ficou desanimada e desistiu da festa. Caio Castro soube da história, entrou em contato e se ofereceu para ir até o Norte do Brasil dançar a valsa com ela.

Foi um momento de apelação exagerada, que claramente poderia ter sido evitado. O programa não tinha a obrigação de exibir a situação mesmo que a pedido dos pais da jovem (a cena pode ser vista aqui).

Antes, o Grego de "I Love Paraisópolis" passou por outra "saia justa" ao ouvir o depoimento de uma ex-professora. Muito sincera, ela disse que Castro era mau aluno (dormia em aula e cometia "erros de português grotescos") e que teve sorte de fazer sucesso como ator, "porque na escola não vai dar, não". "O dez que eu tirei ela não lembra", resmungou o ator ao final do depoimento da mestra.

Em tempo: Ouvida pelo UOL (veja aqui), a assessoria de Caio Castro assim comentou o episódio: "É que ela tinha acabado de falecer, é um assunto que não era o momento para ser falado. A gente tem as coisas que são muito nossas e não precisa ficar divulgando".

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Colaborou Gilvan Marques. As imagens publicadas aqui são reproduções da tela da Globo publicadas no Twitter pelo perfil @RealitySocial.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.