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Globo aposta na internet, que Faustão chama de “penico do mundo”

Mauricio Stycer

13/07/2015 05h01

faustaomarieta1Num domingo em que reclamou da repercussão de duas polêmicas nascidas em edições anteriores do seu programa, Fausto Silva soltou a seguinte bomba: "Com algumas exceções, a internet é o penico do mundo."

Não por acaso, o "Domingão do Faustão" é, possivelmente, o programa menos "conectado" da Globo. Não está nem aí para as redes sociais, parece pouco preocupado em motivar a participação do público em casa e ignora qualquer novidade do mundo digital. A mais longeva atração do dominical, não custa lembrar, se chama "Videocassetadas", cujo título remete à década de 80 do século passado.

Além de preconceituosa, a frase de Faustão sobre a internet não poderia ter sido dita num domingo pior para ele. Logo no "Fantástico" foi exibido um resumo do que será o "Tomara que Caia", um misto de humorístico com jogo, no qual o público terá participação essencial via smartphones, tablets e internet.

superstarfinalTadeu Schmidt explicou que a próxima atração  da Globo permitirá ao espectador "trollar" os atores que vão participar da disputa. "É uma gíria muito usada na internet, que significa zoar, atrapalhar", ensinou.

Na sequência, foi ao ar a final da segunda temporada do "Superstar". Apesar da presença dos três jurados do programa, a escolha da banda vencedora, Lucas e Orelha, foi feita exclusivamente pelo voto do público – igualmente pela internet.

Tanto o "Superstar" quanto o "Tomara que Caia", entre muitas outras iniciativas, mostram o interesse da Globo pelo que Faustão chama de "penico do mundo".

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.