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“Superstar” renova o júri, mas repete falha da primeira temporada

Mauricio Stycer

13/04/2015 00h27

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Cercada de muita expectativa, a estreia do show de talentos "Superstar" foi uma das grandes decepções de 2014. Formato original, criado em Israel, o programa oferece ao público o poder de escolher ou rejeitar os músicos candidatos, por meio de um aplicativo, numa votação em tempo real.

A frustração com o aplicativo, que falhou na estreia do ano passado, se repetiu na noite deste domingo (12), na abertura da segunda temporada. Um número grande de espectadores manifestou, por meio das redes sociais, dificuldades para votar.

Curiosamente, apenas as duas primeiras bandas não conseguiram o número mínimo de votos para se classificar. É possível que tenham sido prejudicadas pelas dificuldades que espectadores encontraram para votar.

O júri do programa, um dos pontos mais fracos em 2014, foi inteiramente trocado. Saíram Ivete Sangalo, Fabio Jr. e Dinho Ouro Preto, entraram Sandy, Thiaguinho e Paulo Ricardo.

Bem menos afoito que o primeiro trio, o novo time chamou pouca atenção, o que, no caso, é uma qualidade. Sandy esbanjou simpatia com aquele "jeitinho" de criança que os seus fãs adoram. Thiaguinho, o boa gente, não perdeu o sorriso nem mesmo quando odiou algumas bandas. E Paulo Ricardo, o velho roqueiro, fez o papel de professor.

O líder do RPM não resistiu a dar uma bronca no "pessoal de casa" que rejeitou um grupo que ele considerou bom. O comentário foi rapidamente cortado pela apresentadora Fernanda Lima. Afinal, pega mal criticar o público de um programa cujo maior atrativo é o voto de quem está em casa.

Por outro lado, uma regra nova, limitando em cinco o número de bandas classificadas por programa, teve o efeito justamente de colocar rédeas na escolha do público. Agora, mesmo que os espectadores aprovem todas as bandas com seus votos, só as cinco mais votadas avançam.

A mudança corrige um problema ocorrido na primeira temporada, quando um número excessivo de candidatos foi aprovado já na estreia, atrapalhando o ritmo do programa ao longo das outras semanas. Agora, as bandas aprovadas, mas não classificadas entre as cinco primeiras, vão para uma repescagem. Ou seja, o "pessoal de casa" tem poder, mas nem tanto.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.