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“CQC” vai trocar até o diretor para manter o “espírito do programa”

Mauricio Stycer

25/11/2014 15h00

GonzaloMarcoOscarFilho
As mudanças no "CQC" para 2015 incluem não apenas a troca de apresentadores e repórteres. O diretor Gonzalo Marcó (ao lado de Oscar Filho na imagem acima), no programa desde a primeira temporada, não sobreviveu à onda de renovação e será substituído no ano que vem por dois diretores.

Um dos principais programas da Band, tanto em matéria de audiência quanto de faturamento, o "CQC" viu nesta sétima temporada a sua repercussão diminuir bastante assim como registrou uma nítida fuga de audiência.

DiegoGuebelDanStulbach"Renovação do conteúdo não só envolve apresentadores e repórteres, mas também parte da equipe de produção", diz Diego Guebel (ao lado de Dan Stulbach). Criador da produtora Cuatro Cabezas, onde o "CQC" nasceu, o hoje diretor da Band explicou ao blog o que está motivando tantas mudanças:

"Acho necessário renovar. O 'CQC' é um formato de longa duração, mostram as experiências na Argentina, Itália e Espanha. As renovações têm a ver com manter o espírito do programa", diz, comparando a atração ao humorístico "Saturday Night Live". No ar desde 1975, o "SNL" já teve "diferentes line ups em diferentes períodos", lembra o diretor.

Questionei Guebel se as mudanças obedecem a alguma pesquisa, que indicou a necessidade de renovação. "Não tem uma 'bíblia' que te fale que é, o que pode dar certo. Se quer melhorar, tem que arriscar. Acho que estamos em um caminho muito certo para o programa", disse o diretor.

Produtora do "CQC" no Brasil, a argentina Cuatro Cabezas faz parte, há sete anos, da Eyeworks, agora um braço da Warner. Falando dos mercados argentino, brasileiro, espanhol e português, Guebel reconhece que a versão brasileira do "CQC" é um dos principais produtos da empresa.

"Há programas que, às vezes, são maiores que o 'CQC' do Brasil, como 'MasterChef', aqui e na Argentina, ou 'Celebrity Splash', no ano passado na Espanha. Mas o 'CQC é um produto muito relevante porque é permanente", diz.

As mudanças no "CQC" já anunciadas incluem a troca do apresentador Marcelo Tas pelo ator Dan Stulbach, a volta do repórter Rafael Cortez e as saídas dos repórteres Oscar Filho e Ronald Rios. Várias outras alterações são comentadas, mas ainda não foram confirmadas pela Band, como a volta de Rafinha Bastos à bancada, no lugar de Dani Calabresa, e a saída do repórter Guga Noblat.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

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